Título: | DEUS PELEGRINO: A MIGRAÇÃO NO PENSAMENTO DO PAPA FRANCISCO: DO ÊXODO À COMUNHÃO | ||||||||||||
Autor: |
MARCO STRONA |
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Colaborador(es): |
MARIA CLARA LUCCHETTI BINGEMER - Orientador PIERO CODA - Orientador |
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Catalogação: | 25/MAI/2021 | Língua(s): | ITALIANO - ITALIA |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=52899&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=52899&idi=2 [it] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=52899&idi=7 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.52899 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
A pesquisa pretende apresentar a contribuição teológica
e pastoral que a reflexão do Papa Francisco oferece no âmbito do
debate migratório. A tese é composta de três partes, cada qual com
dois capítulos. O título da primeira parte é A migração hoje e o
discernimento da Igreja Católica.
O primeiro capítulo apresenta, em termos gerais, o
fenômeno da migração do ponto de vista sociológico. O fenômeno da
mobilidade humana, por suas próprias características, sempre esteve
no centro do cuidado pastoral da Igreja. Sendo que este tema é
desenvolvido no decorrer do segundo capítulo, especificamente
pretende-se verificar como a Igreja, ao longo dos séculos, tomou
consciência, paulatinamente, do fenômeno migratório, amadurecendo
um discernimento pastoral e se organizando estrutural e
institucionalmente. A segunda parte da tese evidencia e aprofunda as
matrizesdo discernimento de Francisco: a mística inaciana (capítulo 3)
e a recepção latino-americana da eclesiologia do povo de Deus
(capítulo 4). Inácio de Loyola, em sua auto biografia, se identifica
com o peregrino. Por certo, como podemos constatar, a
característica da experiência de Deus que aqui desponta é exatamente
a da peregrinação, é a própria história que assume os atributos desta
grande peregrinação na qual o ser humano, homo viator, é chamado
constantemente a reconhecer os sinais de Deus, que sempre se
manifestam como uma surpresa. Deus é o Deus das Surpresas, da
novidade inaudita que somos chamados a reconhecer em uma atitude
de maravilha e atenção. Mesmo porque no caminho, o homem nunca
está sozinho, mas faz parte de um povo, o povo de Deus que no
decorrer da história é chamado, em comunidade, a procurar Deus e
encontrá-lo em todas as coisas.O quarto capítulo, por sua vez, se
dedica especificamente à recepção latino-americana da eclesiologia do
povo de Deus, procurando evidenciar a evolução, a partir da
Escritura, deste paradigma chave do Vaticano II e, sucessivamente,
analisar a recepção ocorrida na América Latina por meio de alguns
autores: G. Gutiérrez (opção pelos pobres), J. Sobrino e I. Ellacuria
(povos crucificados), L. Gera e R. Tello (teologia delpopolo). A
terceira parte (capítulos 5 e 6) por fim, examinam a prospectiva
teológico-pastoral do Papa Francisco a partir do fenômeno migratório,
para a vida e a missão da Igreja.
O quinto capítulo se dedica ao exame da proposta de
Francisco, partindo dos textos magisteriais, dos discursos e das
homilias, referentes a migração. O sexto capítulo, por fim, procura
lançar uma luz ao tema, propondo algumas indicações que se
ramificam a partir desta proposta para um estudo mais aprofundado.
Particularmente intencionamos apresentar dois grandes temas centrais
par ao Magistério do Papa – a Igreja em saída e a mística marcado
por um ritmo que se desenvolve em quatro etapas: o ser no caminho e
aberto à surpresa de Deus, a fronteira, a hospitalidade, a koinonia
na diferença, ou a cultura do encontro.
Considerar o fenômeno migratórios nesses termos abre a
um claro ethos evangélico: a comunhão na diversidade representa um
elemento essencial para a compreensão do mistério da Trindade, pois
ela própria revelou-se à humanidade levando ao desenvolvimento de
um novo paradigma par poder dizer Deus hoje, o Deus peregrino.
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