Título: | ESTUDO DO PROCESSO OXIDATIVO AVANÇADO FZV/H2O2 PARA A PRÉ-OXIDAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA NATURAL EM ÁGUAS DE SUPERFÍCIE | ||||||||||||
Autor: |
NAIARA DE OLIVEIRA DOS SANTOS |
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Colaborador(es): |
LUIZ ALBERTO CESAR TEIXEIRA - Orientador LUIZA CINTRA CAMPOS - Coorientador |
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Catalogação: | 19/MAI/2020 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=48154&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=48154&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.48154 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
A presença de ácidos húmicos (AHs), fração esta representativa da matéria orgânica natural (MON) presente em águas naturais, pode contribuir para a formação de subprodutos de desinfecção (SPDs), como os Trihalometanos (THMs), ao reagirem com o cloro durante a produção de água potável nas estações de tratamento de água (ETAs). Tais subprodutos têm sido amplamente investigados devido a seus efeitos no organismo humano, como por exemplo, o aumento do risco de câncer. Portanto, a remoção deste material orgânico antes da etapa de cloração é necessária para a minimização de tais riscos. O processo de oxidação avançada (POA) baseado em FZV (ferro zero valente) e peróxido de
hidrogênio (H2O2) aplicado como uma etapa pré-oxidativa em ETAs foi proposto e investigado quanto à degradação da matéria orgânica, incluindo sua fração relacionada aos AHs. Cortes de ferro metálico comercial (área superficial de 2,56 cm²) foram aplicados ao processo FZV/H2O2 como fonte de FZV de baixo custo de capital. Experimentos em escala de bancada foram conduzidos com água
natural (amostras coletadas em lago do Regent’s Park e do Rio Tâmisa, localizados em Londres, Reino Unido) e em solução de AH preparada em laboratório. Alterações na absorbância de UV a 254 nm (UV254), na concentração de carbono orgânico dissolvido (COD) e na formação de Trihalometanos (THMs) foram analisadas para avaliar o desempenho do tratamento FZV/H2O2. Análises de caracterização do FZV e seus respectivos produtos de corrosão foram verificados pelas técnicas de OES (Espectroscopia de Emissão Ótica), MEV (Microscopia Eletrônica de Varredura), DRX (Difração de raios-X), XPS (Espectroscopia de Fotoelétrons Excitados por raios X). Concluiu-se que a remoção da matéria orgânica natural foi influenciada pela dosagem de H2O2, pH inicial e número de ciclos de reuso do FZV. A formação de uma camada passiva na superfície do metal FZV a partir de sua oxidação produziu espécies de óxidos/hidróxidos que podem contribuir para a redução na eficiência de reuso do FZV. A formação do THM clorofórmio foi maior quando o processo FZV/H2O2 foi aplicado sob pH inicial 6,5, indicando valores acima do limite máximo permissível pela legislação brasileira. Experimentos visando verificar a eficiência do POA investigado sobre diferentes corpos hídricos (Lago do Regents Park e Rio Tâmisa) mostraram semelhantes resultados de remoção de COD e UV254. Isto indica a viabilidade de aplicação deste processo oxidativo sobre diferentes águas naturais de superfície, possibilitando a mineralização parcial da MON e uma significativa redução de sua estrutura húmica. As melhores condições experimentais a nível do planejamento estatístico obtidas a partir do tratamento em água natural (Regent s Park) foram pH0= 4.5, FZV= 50 g/L e [H2O2]= 100 porcento de excesso da dosagem estequiométrica, alcançando remoções de 51 porcento e 74 porcento para COD e UV254, respectivamente.
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