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Título: MAGISTÉRIO E CONFLITOS URBANOS: NARRATIVAS E POSICIONAMENTOS DISCURSIVOS DE PROFESSORES EM CONTEXTOS MARCADOS POR VIOLÊNCIA
Autor: VIVIANE DOS SANTOS CAVALCANTI
Colaborador(es): LIANA DE ANDRADE BIAR - Orientador
Catalogação: 28/NOV/2019 Língua(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
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Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=46065&idi=1
[en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=46065&idi=2
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.46065
Resumo:
A presente dissertação toma como campo uma escola estadual localizada em um bairro no estado do Rio de Janeiro que vem sofrendo mudanças relacionadas aos conflitos urbanos nos últimos anos. Sendo essa escola frequentada por alunos e professores locais, a pesquisa buscou investigar e compreender por meio de construções narrativas e de posicionamentos (Bamberg, 1997; 2002) de seus professores/moradores, como estes constroem suas identidades como professores de escola pública em uma periferia, lidam com os desafios da violência e se posicionam em relação a Discursos circulantes sobre educação e violência. O estudo é, portanto, de base qualitativa e interpretativista (Denzin e Lincoln, 2006), e propõe uma análise de viés autoetnográfico, dado que sua autora é também parte do corpo docente da escola. Os dados apresentados nesta pesquisa foram gerados nas interações em entrevistas qualitativas semi-estruturadas e gravadas em áudio (Mishler, 1986; De Fina, 2009). Além disso, todas as entrevistas deste estudo são analisadas tendo como apoio a perspectiva teórica na Análise de Narrativa (Labov e Waletzky, 1967; Labov, 1972; Riessman, 2008; Bastos e Biar, 2015), mais precisamente na concepção de narrativas não-canônicas, micronarrativas (Bamberg e Georgakopoulou, 2008) e histórias de vida (Linde, 1993), focando nas experiências de vida e em posicionamentos de ordem micro que dialogam com macrodiscursos. A pesquisa também apresenta como suporte analítico as reflexões e noções de Bamberg (2015), Bamberg e Georgakopoulou (2008) e Freeman (2010) sobre construção de identidade, de Goffman (1963) sobre estigma social e de Ewick e Silbey (2003) sobre resistência. As análises apontam que: i) na interação, os narradores se apresentam como professores resistentes às dificuldades atuais impostas pela violência no entorno da escola por já terem passado por desafios antes e durante o ingresso acadêmico, sendo estes profissionais marcados por histórias de vida de resistência e superação; ii) os narradores apresentam posicionamentos de identificação que estão relacionados aos seus alunos e aos professores com quem estudaram e que são retomados como inspiração; iii) os professores encaram a sua profissão como um papel social e a violência no bairro como um descaso das políticas públicas; iv) os professores posicionam se de forma reflexiva sobre suas opções profissionais e de vida, sendo agentes muito atuantes na comunidade escolar e no combate, de modo pedagógico, à violência e ao tráfico que tenta corromper os alunos diariamente.
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