Título: | OS ACORDES DE UMA SINFONIA: A MORAL DO DIÁLOGO NA TEOLOGIA DE BERNHARD HÄRING | |||||||
Autor: |
MARIA INES DE CASTRO MILLEN |
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Colaborador(es): |
NILO AGOSTINI - Orientador |
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Catalogação: | 07/JAN/2004 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | |||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=4353&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=4353&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.4353 | |||||||
Resumo: | ||||||||
Esta tese é fruto de uma análise hermenêutica crítica dos
fundamentos da Teologia Moral elaborada por Bernhard Häring
que, por suas características e propostas, recebe aqui o
nome de Moral do Diálogo. A Teologia Moral é uma ciência
prática e, por esta razão, é significativo ressaltar que a
construção teórica do Autor tem como sustentação o
cotidiano de sua existência, a narrativa de uma longa e
fecunda vida, que soube fazer do Diálogo uma experiência
acolhida, construída e transmitida. Nele, vida e obra se
fundem e se confundem, para mostrar que o Diálogo é um
caminho ético necessário para a vida da humanidade e que,
por isto, deve ser proposto a todas as pessoas como a
novidade que está presente nas entranhas do ethos cristão,
como a referência de uma religião monoteísta trinitária que
o assume e o realiza na própria fonte. Assim sendo, o
Diálogo não pode também deixar de ser assumido pela Igreja
de Jesus Cristo, como um compromisso ético-moral capaz de
fazer dela um sinal fecundo e promissor do Reino de Deus. O
que se pode dizer é que a Moral do Diálogo, à luz da Lei do
Espírito que dá vida em Cristo, traz elementos novos e
imprescindíveis para a reconfiguração dos fundamentos da
moral cristã e torna-se uma boa notícia para o mundo atual.
As conseqüências que daí decorrem já se fazem sentir. A
moral especial, ao tratar das questões relacionadas à vida
cotidiana dos homens e das mulheres deste tempo, já o faz
numa perspectiva renovada. A liberdade e a fidelidade
criativas são os pressupostos indispensáveis para a
formação de pessoas responsáveis e sadias que, em parceria,
desejam buscar uma vida plena de sentido. A Igreja de Jesus
Cristo não se encontra fora desta perspectiva renovadora. O
acolhimento de sinceras e sadias posturas relacionais, que
garantem o Diálogo como mediação necessária para a re-
elaboração de um modo de ser cristão, mais fraterno e
solidário, é um caminho de grande fecundidade. Este caminho
nos convida a olhar para dentro e para fora de nós mesmos,
na recuperação de uma unidade que se abre para o
acolhimento das enriquecedoras diferenças. Esta não é uma
visão ingenuamente otimista. Existem desafios a serem
vencidos, mas estes não matam a esperança e é ela que nos
permite perceber que, apesar de todas as dificuldades, o
projeto já é vencedor por si mesmo. Os alcances
hermenêuticos da Moral do Diálogo são reais e mostram que
muitos autores brasileiros e latinoamericanos beberam desta
fonte para a elaboração de uma Moral interpelada pelas
situações vividas no Terceiro Mundo, que pedem, de modo
especial, um Diálogo frutuoso em favor da solidariedade que
garanta a dignidade de toda vida humana.
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