O cruzamento entre as características da juventude da atualidade, com as características do hipertexto e a nova textualidade por ele proposta, a conjuntura de exclusão digital e a necessidade de mudança deste quadro são o ponto de partida para a exploração do hipertexto e a sugestão, com base nos postulados teóricos da pedagogia de David Ausubel, de um conjunto de ferramentas para a elaboração de um sistema em hipertexto que vise a eficiência pedagógica, não apenas através do conteúdo por ele apresentado, mas de uma série de posturas e ações por ele incentivadas. Num mundo de crescente convergência para as mídias eletrônicas de comunicação e disseminação da informação, torna-se imperativo discutir e implementar medidas que visem a inclusão digital, sob pena e risco não apenas de aumentar o apartheid profissional entre incluídos e alijados da informática, mas o próprio apartheid social, ao se formar jovens despreparados para lidar com as novas demandas da própria sociedade. No seio desta ebulição encontra-se a escola diante do dilema de ter que escolher entre a inércia de um sistema que já formou milhões, e a coragem de romper paradigmas, diante da pressão provocada por alunos que cada vez mais participam da tal Revolução Digital, e sofrem os reflexos da interação com sistemas hipertextuais de disponibilização da informação na Internet e das novas práticas sociais que advém de suas ferramentas de comunicação. O oferecimento de material didático em ambiente hipertextual tem por objetivo contemplar estas questões, bem como promover a inclusão digital de alunos, pais e escolas.