Título: | COMPARAÇÃO DO PADRÃO DE CRESCIMENTO ATRAVÉS DE SÉRIES DE ANÉIS ANUAIS DE ARAUCARIA ANGUSTIFOLIA RECENTES E HISTÓRICAS DE CAMPOS DO JORDÃO | |||||||
Autor: |
MARY LUCIA DA SILVA |
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Colaborador(es): |
ANGELA DE LUCA REBELLO WAGENER - Orientador KLAUS PAUL ERNST WAGENER - Coorientador |
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Catalogação: | 24/NOV/2003 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | |||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=4178&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=4178&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.4178 | |||||||
Resumo: | ||||||||
Desde a revolução industrial a concentração de CO2
atmosférico vem aumentando, passando de 290 ppm (em 1850)
para cerca de 370 ppm, na atualidade. O objetivo desta
tese
foi pesquisar as possíveis mudanças ocorridas no
comportamento do crescimento de árvores, as quais podem
ter
sido causadas pelo aumento do teor desse gás. A espécie
escolhida foi a da Araucaria angustifolia, do Horto
Florestal de Campos do Jordão, SP, pois forma anéis de
crescimento anual bem definidos. Na avaliação de uma
série
de anéis verifica-se uma acentuada variação na
distribuição
ao longo dos anos, impossibilitando a observação de uma
mudança, no comportamento da taxa de crescimento radial de
um determinado período do vegetal. Para resolver esse
problema é necessário aplicar uma aproximação na análise
da
série de anéis. Dessa maneira, a solução foi considerar a
relação entre o raio e o número de cada anel e, então,
obter uma curva suavizada, que pode ser descrita por dois
parâmetros, a e b, derivados a partir do melhor ajuste
para
os dados avaliados dos pares [R(N); N], com um fator de
correlação, 0,99 menor ou iqual r2 menor ou iqual 0,999.
Estes dois parâmetros,
juntamente com o conhecimento do número de anéis (ou pelo
menos o número do anel mais externo, nesse caso, a idade
da
árvore) descrevem muito bem quantitativamente o
comportamento do crescimento radial da Araucaria. Com os
valores obtidos da avaliação foi possível comparar e
verificar as diferenças apresentadas entre as árvores
antigas, crescidas nos séculos XVI, XVII e XVIII com as
árvores recentes (entre 35 a 70 anos). Os grupos se
desenvolveram sob condições ambientais variadas, fato que
exclui qualquer possibilidade de condições especiais de
crescimento. Essas diferenças podem ser descritas
quantitativamente pelo valor do parâmetro b, o qual
apresentou para todas as árvores velhas b menor ou iqual
0,5, enquanto
que nas recentes b ~= 1,0. Isso significa que, na média,
cada anel nas árvores velhas é muito menor que o anterior
e
que, nas árvores recentes eles têm a mesma largura. Esse
último comportamento induz à conclusão de que o
crescimento
radial das árvores recentes é superior ao das árvores de
tempos anteriores. Contudo, isso não foi verificado
quando
os raios dos anéis de números 30, 38 e 50 foram
comparados.
Mas, extrapolando-se a taxa de crescimento das árvores
recentes será superior a das árvores de séculos
anteriores.
Um fato interessante foi o da análise das árvores
germinadas em torno de 1850 e que ainda estão vivas. Sua
série de anéis foi avaliada em intervalos de 10 em 10
anos
e, o valor de b foi progressivo, aumentando de 0,5 a 1,0
nos últimos 80 anos ou mais. Esses resultados demonstram
suficientemente que durante esse período um fator
ambiental
causou essas mudanças e, quanto à sua natureza,
confrontando-se com outras possibilidades, é possível
atribuí-la ao aumento no teor do CO2 atmosférico.
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