Título: | HOJE EU SOU UMA HEROÍNA PORQUE EU SEI LER: CONSTRUÇÕES IDENTITÁRIAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS SOB A ÓTICA DA NARRATIVA COMO PRÁTICA SOCIAL E DO SISTEMA DE AVALIATIVIDADE. | ||||||||||||
Autor: |
JULIA RODRIGUES CHAGAS CABRAL |
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Colaborador(es): |
ADRIANA NOGUEIRA ACCIOLY NOBREGA - Orientador |
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Catalogação: | 16/JUL/2019 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=41636&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=41636&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.41636 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
Inserida na área da Linguística Aplicada, esta pesquisa investiga a construção sociodiscursiva das identidades em narrativas de uma aluna da Educação de Jovens e Adultos. Tendo em vista que a participante se alfabetizou tardiamente, o objetivo principal do estudo é compreender a relação entre suas construções identitárias e o estigma vivenciado por indivíduos que não sabem ler e escrever na sociedade brasileira. A fundamentação teórica combina a abordagem socioconstrucionista das identidades (MOITA LOPES, 2001, 2002, 2003; HALL 2005, BAUMAN 2005) e do discurso (MOITA LOPES, 2001, 2003) aos estudos da narrativa como prática social e à teoria de linguagem da Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY, 1994; HALLIDAY; HASAN, 1989; HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2014), com foco no Sistema de Avaliatividade (MARTIN; WHITE, 2005). O estudo foi realizado a partir de uma entrevista semiestruturada gravada em áudio e alinha-se ao paradigma qualitativo e interpretativista (DENZIN; LINCOLN, 2006). Os resultados sugerem que, embora a participante aponte diversos obstáculos que a impediram de estudar, ela não compreende a sua não escolarização como resultado de um processo histórico de violação de direitos e sim como uma vivência pessoal, relacionada a fatores específicos de sua história de vida. Além disso, as construções identitárias emergentes durante a entrevista possuem forte relação com o estigma do analfabetismo e, muitas vezes, o corroboram. Essas identidades ora apontam para a superação dessa experiência, ora sugerem que a participante ainda não se vê como uma pessoa alfabetizada. Tais paradoxos estão imbricados à natureza complexa, múltipla e contraditória do fenômeno identitário na contemporaneidade.
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