O livro didático impresso é usado diariamente em escolas de todo o mundo mesmo com o surgimento do livro didático eletrônico. Isso se mantêm apesar de pesquisas que anteciparam a sua morte. O designer está presente na realização de livros didáticos, atuando junto a outros agentes, principalmente na criação de uma interface entre o autor e o leitor. O designer se torna, portanto, um agente mediador e catalisador da leitura na produção de sentidos do livro. Na Colômbia, o Projeto de Educação Rural (PER) desenvolveu conteúdo didático para a educação de crianças da zona rural, para os suportes livros didáticos impressos e digitais. Nesta dissertação, procura-se analisar o design gráfico utilizado no suporte impresso produzido para o segmento educação fundamental. Parte-se do pressuposto de que é incompatível a inter-relação entre o conteúdo imagético e os projetos gráficos adotados, pois eles desconsideram as competência e habilidades da população infantil da zona rural existentes e demandadas pelo segmento educação fundamental ao estabelecerem parâmetros para a inserção de elementos imagéticos e para a inter-relação entre esses elementos e o conteúdo verbal. Parte-se do pressuposto também que os professores, que deveriam atuar como agentes mediadores e catalisadores da leitura, não têm desenvolvidas, em suas formações, habilidades e competências para entender o design como interface entre o conteúdo e a criança. Entende-se que os problemas interferem no ensino-aprendizagem e aumentam o hiato entre a Educação na zona rural e na zona urbana da Colômbia. Visa-se assim contribuir para a diminuição da discriminação e exclusão das comunidades da zona rural, a partir da reflexão sobre os lugares do design gráfico no livro didático destinado a comunidades específicas.