Título: | POR UM OLHAR TRANSHABERMASIANO: A ESFERA PÚBLICA VIRTUAL COMO TECNOLOGIA COGNITIVA | ||||||||||||
Autor: |
CAMILA MOURA PINTO |
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Colaborador(es): |
RALPH INGS BANNELL - Orientador |
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Catalogação: | 04/DEZ/2017 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=32224&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=32224&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.32224 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
A questão que move esta estudo gira em torno de indagações teóricas acerca do papel das novas mídias na formação política atual. Parto da ideia de que a internet desempenha, hoje, papel central no desenho da esfera pública. Faz- se necessário, entretanto, transcender o conceito, tal como pontuado por Jurgen Habermas, visto que este defende que o agir nesta esfera resume-se a expor e ouvir ideias em sua forma discursiva verbal. É intrínseco, portanto, que atuando na esfera pública podemos formar nossas opiniões, compartilhá-las e transformá-las, configurando-a, por princípio, como um espaço formativo. Normalmente, autores da área da educação relacionam o pensamento de Habermas à formação política em, pelo menos, duas vertentes: a construção de um público apto a argumentar utilizando a linguagem verbal; e sua relação com a formação dos indivíduos, no tocante a sua capacidade de construir opiniões de forma crítica e reflexiva. Ela é, então, caracterizada pelo autor como um espaço racional e mediado pela linguagem verbal. Acredito, contudo, que algo foge a essas interpretações, especialmente, quando observamos a interação na web. Defendo a tese de que é preciso considerar a esfera pública virtual uma tecnologia cognitiva, ampliando sua conhecida vertente discursiva verbal. O intuito da pesquisa é unir
uma série de aspectos que, em detrimento da valorização do discurso racional, acabam excluídas da análise habermasiana e da pedagogia crítica. Isso não significa abandonar a ideia de que a esfera pública seja um espaço de atos de fala, de discussão de ideias ou mesmo de emancipação social ou criação de consciência política, mas procurar ir além. Interessa-me englobar, a esse vasto repertório, uma concepção de funcionamento da mente/racionalidade que incorpore também aspectos corporais, emocionais e tecnológicos ao uso dos artefatos conectados à internet como tecnologias cognitivas, extensões de nossa mente e objetos materiais que produzem e/ ou alteram o sentido empregadona construção de significados e visões de mundo. Isso implica compreender esses objetos como constitutivos e transformadores e, não apenas, instrumentos procedimentais ou mediadores na construção de nossas opiniões e ideologias políticas.
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