Dado o surgimento de uma nova ordem econômica, as empresas em todo o mundo perceberam que precisam estar comprometidas com a sustentabilidade. As pressões externas vão desde o governo, com a criação de regulamentações socioambientais, até os empregados e a sociedade - mídia, ONGs e clientes - que estão cada vez mais conectados, atentos e exigentes a essas questões. Empresas sustentáveis devem satisfazer as necessidades do presente (gerar lucro) sem comprometer o futuro (respeitando o meio ambiente e os preceitos de responsabilidade social). A indústria de manufatura, foco dessa dissertação, tem muito a contribuir para a sustentabilidade, pois impacta socio-economico-ambientalmente os locais onde opera, de forma significativa. Geração de gases de efeito estufa e de resíduos tóxicos estão entre os grandes vilões, mas não se limitando a eles. No âmbito interno, as empresas necessitam absorver o conceito de sustentabilidade no seu processo de produção, a partir de práticas de gestão ambiental relacionadas, por exemplo, à otimização do uso dos recursos ambientais (ex. reuso de água e utilização de energias alternativas), à redução de gases poluentes e às alternativas para descarte de resíduos; assim como às práticas de gestão social tais como medidas para aumentar saúde e segurança no ambiente de trabalho e criação de programas ligados ao bem estar dos funcionários. As ações, porém, devem ser ampliadas para toda a cadeia do processo e devem ser adotadas medidas colaborativas com os fornecedores para que sejam comprometidos e também responsáveis. No entanto, para a empresa se tornar sustentável, investimentos adicionais e aumento de custos são necessários para incluir em sua estrutura pessoal e processos responsáveis pelo incremento da sustentabilidade, seja ela econômica, social ou relacionada ao meio ambiente, o chamado triple bottom line, em inglês.