Título: | LETRAMENTO CIENTÍFICO NO BRASIL E NO JAPÃO A PARTIR DOS RESULTADOS DO PISA | ||||||||||||
Autor: |
ANDRIELE FERREIRA MURI |
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Colaborador(es): |
ALICIA MARIA CATALANO DE BONAMINO - Orientador TUFI MACHADO SOARES - Coorientador |
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Catalogação: | 26/JUL/2017 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: |
TESE
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Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=30703&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=30703&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.30703 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
Este estudo compara o Letramento Científico dos estudantes brasileiros e japoneses, com base nos resultados do PISA e procura responder às seguintes as questões de pesquisa: a) Há diferenças de competência cognitiva em Ciências entre os alunos brasileiros e dos outros países, sobretudo os do Japão no PISA?; b) Existem itens do PISA 2006 que apresentam comportamento diferencial, tendo o Brasil como referência?; e c) É possível, a partir dos dados do PISA e da adoção complementar de uma abordagem qualitativa, identificar diferentes ênfases curriculares e/ou práticas pedagógicas no Ensino de Ciências de Brasil e Japão que contribuam para a compreensão das diferenças de desempenho entre seus estudantes? Para responder a primeira questão, comparamos os resultados do Brasil e do Japão nas edições 2006 e 2015 do PISA, em que o foco foi Ciências. O Brasil se mostra em situação de desvantagem em relação a quase todos os países que participaram do Programa, o que é em parte explicado pela repetência. Na
escala de desempenho, o Brasil permanece no nível 1 e o Japão, no nível 3 em2006, passou para o nível 4 em 2015. Para responder à segunda questão, utilizamos a análise de Differential Item Functioning (DIF) nos itens da prova de Ciências de 2006 e concluímos que há grande presença de DIF nesses itens
comparativamente entre o Brasil e o Japão. Apesar de não serem capazes de comprometer o processo avaliativo privilegiando um grupo em detrimento do outro, esses itens sugerem diferentes ênfases curriculares em Ciências. Levando em conta essa hipótese e para responder à terceira questão adotamos uma abordagem qualitativa, com observação do uso do tempo das aulas; registro das ênfases curriculares e da ocorrência de atividades relacionadas à interação, investigação, experimentação e aplicação na perspectiva dos alunos, professores e da observação; e entrevistas com especialistas e gestores. Os
resultados mostraram que mais de 20 por cento do tempo oficial de aula observados no Brasil são desperdiçados com questões outras que não o ensino efetivo de Ciências; 10 vezes mais que no Japão. No Brasil, há ênfase curricular mais acentuada nas Ciências Naturais e Biológicas. O currículo é distribuído mais homogeneamente no Japão e é seccionado no Brasil. Segundo os estudantes japoneses, não são freqüentes as atividades de interação, investigação, experimentação e aplicação. As atividades mais recorrentes observadas e percebidas pelos professores japoneses são as de experimentação e interação; no Brasil, as de interação e aplicação. Entrevistas realizadas com especialistas em Ensino de Ciências e gestoras do PISA, no Brasil e no Japão, mostraram que o sucesso do Japão nessa avaliação é associado à existência de um currículo nacional comum e à formação continuada de professores em serviço, bem como às reformas do sistema educacional japonês suscitadas pelos resultados do PISA. O baixo desempenho dos estudantes brasileiros no PISA estaria, por sua vez, relacionado com o despreparo dos estudantes, com a falta de familiaridade destes com o teste, com a deficiente formação dos professores e com o limitado uso das evidências produzidas pelas avaliações em larga escala.
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