Título: | A PRISÃO PROVISÓRIA COMO MEDIDA DE CASTIGO E SEUS PARÂMETROS DE INTOLERABILIDADE À LUZ DOS DIREITOS HUMANOS | ||||||||||||
Autor: |
JUNYA RODRIGUES BARLETTA |
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Colaborador(es): |
BETHANIA DE ALBUQUERQUE ASSY - Orientador GERALDO LUIZ MASCARENHAS PRADO - Coorientador |
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Catalogação: | 21/FEV/2017 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=29208&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=29208&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.29208 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
O trabalho tem como objetivo discutir o problema complexo que a prisão
provisória representa no Brasil e no contexto da América Latina, como uma
questão fundamental de direitos humanos. A prisão provisória está estreitamente
relacionada ao fenômeno de encarceramento em massa que assola a região, à
desfuncionalidade dos sistemas de justiça criminal e a um quadro de sistemáticas
violações de direitos fundamentais de pessoas inocentes. Através da análise de
dados empíricos, constatou-se que a prisão provisória representa uma das faces do
fenômeno de encarceramento em massa presente no Brasil e que seu
funcionamento aproxima-se da realidade da América Latina, onde tal medida é
empregada de forma preferencial à pena aplicada ao final do processo. Realizouse
estudo sobre os limites da prisão provisória desenvolvidos pelo Sistema
Interamericano de Direitos Humanos (SIDH), de forma a pautar a análise da
reforma do sistema de cautelares pessoais brasileiro no plano dos direitos
humanos. Concluiu-se que o novo sistema, fundado pela Lei 12.403/2011, não se
conforma aos parâmetros do SIDH. Através de estudo sobre o controle de
convencionalidade, também se concluiu que a cultura encarceradora no Brasil
deve-se não somente à incompatibilidade histórica da legislação com os
parâmetros em matéria de direitos humanos, mas também com a atuação dos
órgãos da justiça criminal, pautada pelo desconhecimento e resistência ao Direito
Internacional dos Direitos Humanos. Através da análise dos extensos e
transcendentes impactos produzidos pela prisão provisória, foi possível
ressignificá-la como uma pena e oferecer uma perspectiva de redimensionamento
jurídico do castigo que ela representa. Por fim, procurou-se destacar um caminho
para a futura abolição da prisão provisória, a partir de uma proposta
deslegitimante de aperfeiçoamento contínuo de seus parâmetros de
intolerabilidade.
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