Título: | NO PALCO DA VIDA, A MORTE EM CENA: AS REPERCUSSÕES DA TERMINALIDADE EM UTI PARA A FAMÍLIA E PARA A EQUIPE MÉDICA | ||||||||||||
Autor: |
MAYLA COSMO MONTEIRO |
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Colaborador(es): |
ANDREA SEIXAS MAGALHAES - Orientador |
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Catalogação: | 08/JUN/2016 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: |
TESE
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Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=26557&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=26557&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.26557 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
As UTIs se tornaram o lugar frequente de morte para grande parte das pessoas
no mundo. A morte ou a ameaça da perda de um ente querido promovem
desequilíbrio no sistema familiar, fazendo emergir sensações de impotência, de
fragilidade e de vulnerabilidade. Para a equipe médica, a morte do paciente traz a
possibilidade de entrar em contato com os próprios processos de morte e finitude,
suscitando angústia e desconforto. O processo de medicalização da morte traz em
seu bojo questões éticas e bioéticas ligadas à prática médica, principalmente
relacionadas aos limites de ação terapêutica. Nesse cenário, os conflitos entre
família e equipe de saúde podem surgir com força e de forma descontrolada. O
objetivo deste estudo foi compreender as repercussões da terminalidade em
terapia intensiva para a família e para a equipe médica. Para tal, desenvolveu-se
uma discussão interdisciplinar abordando as seguintes temáticas: o setting da UTI
e a integração dos cuidados paliativos aos cuidados finais de vida nessa unidade; o
impacto da terminalidade na dinâmica e no funcionamento familiar,
compreendido pelo prisma da terapia familiar sistêmica e das teorias sobre o
processo de luto na família e os aspectos concernentes à formação médica, ao
estresse advindo do exercício da medicina e ao processo de comunicação com as
famílias. O cenário deste estudo é uma UTI de um hospital privado, de médio
porte, localizado na cidade do Rio de Janeiro. Utilizou-se a metodologia clínicoqualitativa
de pesquisa. Foram entrevistados seis familiares de pacientes em
situação de terminalidade e seis membros da equipe médica, totalizando 12
participantes. A partir da análise do material discursivo das entrevistas dos
participantes, emergiram 11 categorias, 6 das falas dos médicos e 5 das falas dos
familiares. Constatou-se que a terminalidade do paciente em UTI é atravessada
por questões clínicas, familiares, sociais, culturais, religiosas, econômicas e éticas,
abarcando aspectos multidimensionais. A morte iminente do paciente promove
grande angústia e sofrimento para os familiares, ocasionando intensas vivências
de desamparo. Para o médico intensivista, a morte e o morrer são fenômenos que
causam estranheza, apesar de naturalizá-los, pois este espera conseguir salvar a
vida do paciente, já que conta com equipamentos de suporte avançado de vida.
Foram ressaltados como elementos essenciais para uma boa qualidade de morte, a
comunicação empática, afetiva e efetiva entre todos os atores envolvidos e a
participação do paciente e da família no processo de tomada de decisões.
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