Título: | A LÍNGUA MATERNA E A TRADUÇÃO NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA NÃO-MATERNA: UMA HISTORIOGRAFIA CRÍTICA | ||||||||||||
Autor: |
ELISA FIGUEIRA DE SOUZA CORREA |
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Colaborador(es): |
MARIA PAULA FROTA - Orientador |
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Catalogação: | 14/ABR/2015 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=24443&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=24443&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.24443 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
A motivação inicial desta tese adveio de experiências que tive como professora de português-língua estrangeira (PLE) na Universidade de Hebei, na China. Devido às dificuldades de comunicação com os alunos – visto que nem eu dominava o mandarim, nem os alunos, o português – e frustrada diante da orientação hegemônica de criar uma sala de aula monolíngue em PLE, decidi-me por analisar criticamente tal situação. O desenvolvimento dessa análise, acompanhado por uma necessidade de não coibir o uso da língua materna (LM) ou da língua em comum (o inglês, no caso) nesse contexto, vem a constituir-se no principal pilar da presente investigação. Como resultado, compõe-se uma historiografia crítica acompanhada por um procedimento de análise baseado em questões sobre se, como, quando e por quem eram utilizados em sala de aula LM e tradução, e sobre quais os valores ou objetivos socialmente atrelados ao estudo de uma língua não-materna (LNM) em cada momento ou método em foco. Também se faz uma revisão de cunho terminológico-conceitual relativa à tradução no meio pedagógico. Com base na crítica historiográfica, opta-se, por fim, pelo rompimento com a orientação pró-monolinguismo em sala de aula, a qual tem prevalecido desde o início do século XX. Para justificar, contemporaneamente, o uso da LM e dos exercícios de tradução (também chamados de tradução pedagógica) como recursos no ensino-aprendizagem de LNM, constata-se a necessidade cognitiva e afetiva da LM em sala de aula por parte de alunos e professores, e defende-se a prática tradutória, conforme concebida pós-modernamente, como um recurso de tripla face: (1) como uma quinta habilidade a ser visada pelo ensino de LNM; (2) como uma forma de criar consciência linguística no aluno, em especial pelo contraste entre a sua LM e a LNM; e (3) como fruto de uma proposta de ensino-aprendizagem que, por se alinhar a uma condição pós-método, procura utilizar-se de ferramentas variadas de ensino para enriquecer o ambiente da sala de aula e a experiência de aprendizagem. Entende-se que a reflexão trazida pela prática tradutória possibilita despertar o aluno tanto para a natureza da linguagem, quanto para questões de ordem política e cultural que envolvem as línguas e sociedades. A tese sustenta seus argumentos a favor do uso desses dois recursos – LM e tradução pedagógica – com dados de outras pesquisas e com depoimentos de alunos e professores sobre o assunto, concluindo em prol dos mesmos e contra a hegemonia da sala de aula monolíngue em LNM, a qual ainda prevalece como situação ideal no senso comum e em diversas instâncias de política educacional.
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