O apogeu da borracha (década de 90, do século XIX) e a instalação da Zona Franca de Manaus (1967), apesar de favorecerem o crescimento da cidade, intensificaram um passivo social, pois Manaus não apresentava uma infra-estrutura urbana compatível com a demanda da imigração. Com isso, os entornos dos igarapés começaram a ser ocupados de forma desordenada, ocasionando sérios problemas ambientais e comprometendo a qualidade de vida dos ocupantes dessas áreas. Visando resolver as questões relacionadas a essas problemáticas, o Governo do Estado do Amazonas desenvolveu, a partir de 2003, o PROSAMIM (Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus). Esta iniciativa converteu-se em motivação para a realização desta pesquisa, pois pretendeu-se identificar quais foram os impactos socioambientais do PROSAMIM, estabelecer a relação entre sustentabilidade socioambiental e qualidade de vida e caracterizar o conceito de qualidade de vida a partir da percepção dos moradores da comunidade pesquisada. A partir dessas pretensões, esta pesquisa foi, quanto aos meios, uma pesquisa documental e para se obter outros dados, adotou-se a entrevista do tipo estruturada e a aplicação de um questionário do tipo fechado e estruturado. A pesquisa admite que o PROSAMIM proporcionou melhorias na vida dos moradores, integrando de forma significativa as áreas de intervenção do programa à cidade, alterando de forma intensa a paisagem urbana ao, por exemplo, reassentar as famílias em um ambiente requalificado.