Título: | OS ARGONAUTAS DA CIDADANIA NO MAR DA EDUCAÇÃO: MOVIMENTOS SOCIAIS, ONGS E FUNDAÇÕES EMPRESARIAIS NA ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA | |||||||
Autor: |
KELLY CRISTINA RUSSO DE SOUZA |
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Colaborador(es): |
VERA MARIA FERRAO CANDAU - Orientador |
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Catalogação: | 11/ABR/2011 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | |||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=17251&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=17251&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.17251 | |||||||
Resumo: | ||||||||
Ao longo das últimas três décadas, o Brasil viveu um processo de
transformações sociais onde novas fronteiras foram estabelecidas entre Estado e
sociedade civil. Nesse processo, um conjunto heterogêneo de entidades,
organizações, associações, empresas e fundações criaram novas dinâmicas e
rotinas no espaço da escola pública, assim como nas definições de políticas
públicas para este setor. Este trabalho surge com uma questão central: seriam
essas organizações da sociedade civil argonautas que heroicamente navegam
contra a corrente neoliberal ou, ao contrário, seriam elas representantes de um
pensamento de princípios liberais, que privatiza responsabilidades e minimiza o
papel do Estado? Com essa questão em mente foi realizado um estudo de caso
sobre as parcerias existentes na rede municipal de educação do Rio de Janeiro e
uma análise de inspiração etnográfica sobre a participação de diferentes atores
(ONGs, movimentos sociais e fundações empresariais) na I Conferência Nacional
de Educação. Longe das generalizações que fazem das ONGs ora executoras de
uma política neoliberal de contenção da pobreza, ora atores fundamentais de uma
sociedade civil sempre virtuosa, os resultados desta pesquisa apontam para a
necessidade de uma maior profundidade neste debate. Os dados coletados indicam
a existência de um cenário complexo, com diferentes percepções de gestores
públicos, sujeitos escolares, coordenadores de ONGs, de fundações empresariais e
de sindicatos em relação ao termo parcerias público-privadas. Também aponta
como essas organizações ocupam um espaço ambíguo no campo educativo:
representam um espaço de resistência para profissionais que lutam pela
educação pública de qualidade como um direito fundamental, ao mesmo tempo
em que contribuem para a percepção de um Estado que é mais eficiente ao
repassar suas responsabilidades para organizações privadas via prestação de
serviço ou diretamente na compra de sistemas educativos. Além disso, o trabalho
de campo também apresenta indícios de como a lógica de mercado está cada
vez mais presente na gestão pública e no cotidiano da escola fundamental
brasileira.
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