Título: | SENTENÇA VEM DE SENTIMENTO: SOBRE A SUBJETIVIDADE DOS ATORES JURÍDICOS EM VARAS DE FAMÍLIA | |||||||
Autor: |
ANA LUCIA MARINONIO DE PAULA ANTUNES |
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Colaborador(es): |
ANDREA SEIXAS MAGALHAES - Orientador |
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Catalogação: | 25/JAN/2011 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | |||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=16785&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=16785&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.16785 | |||||||
Resumo: | ||||||||
A transformação global envolvendo todos os campos de interação humana,
em meio a um contexto democrático da sociedade ocidental, vem provocando um
aumento vertiginoso na demanda por justiça, um fenômeno nomeado de
judicialização da vida. A resposta judicial deixou de ser pontual e passou a
influir na produção de uma nova ordem subjetiva, na medida em que a instituição
judiciária se tornou a última instância segura num mundo destituído de tradição.
Neste estudo, nos propusemos a estudar os desdobramentos da vertente
denominada judicialização dos conflitos familiares sobre os atores jurídicos.
Quando a família se submete a uma intervenção judicial sua malha relacional é
expandida e outros personagens passam a ocupar um lugar simbólico em seu
universo. A dialética das relações humanas nos remete a idéia de que todos esses
outros também sejam atravessados pelo litígio, na medida em que não deixam de
ser sujeitos e, portanto, submetidos à mesma fluidez que seus jurisdicionados.
Este trabalho investiga a percepção dos atores jurídicos frente à família
contemporânea, frente ao direito e os sentimentos envolvidos na atividade
profissional. O estudo de campo foi realizado com dez atores jurídicos, dentre as
categorias de juiz, promotor, advogado, assistente social e psicólogo. Os
resultados demonstraram referenciais conflitantes entre o tradicional e o
contemporâneo, tanto relativo à família, quanto às leis. Seus sentimentos sobre o
próprio trabalho ressaltaram esta ambiguidade, manifestada sob diversas formas,
desde a angústia à plenitude de sentir-se útil. Nossa análise ressalta a delicada
posição dos atores jurídicos, na medida em que deles se solicita sensibilidade, mas
impõe-se imparcialidade e aponta a reflexão ética como direção a seguir.
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