Título: | TEXTO SOBRE CINEMA: ORGANIZAÇÃO RETÓRICA E AVALIAÇÃO EM RESENHAS DE FILME | |||||||
Autor: |
ADRIANA MESQUITA RIGUEIRA |
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Colaborador(es): |
BARBARA JANE WILCOX HEMAIS - Orientador |
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Catalogação: | 27/DEZ/2010 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | |||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=16659&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=16659&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.16659 | |||||||
Resumo: | ||||||||
São muitos os gêneros textuais com os quais lidamos no nosso dia a dia e a
resenha de filme constitui um desses gêneros. No entanto, apesar de se tratar de
textos sobre assunto de interesse geral, cinema, é notória a falta de pesquisas
sobre resenhas de filme na área de gêneros textuais. O presente estudo objetiva,
assim, contribuir para preencher essa lacuna, buscando compreender o
funcionamento de resenhas de filme em português, desde sua organização retórica
até o modo como seus autores avaliam obras cinematográficas, tendo em vista que
a avaliação constitui uma das razões por que lemos esses textos. Para tanto, foram
selecionadas vinte resenhas, divididas entre publicações não especializadas e
especializadas, entre as quais revistas eletrônicas de cinema, fonte comum de
acesso ao gênero nos dias atuais. A organização retórica das resenhas de filme foi
estudada com base no modelo de Motta-Roth (1995) para resenhas acadêmicas,
inspirado, por sua vez, na abordagem analítica de John Swales (1990) para
introduções de artigos de pesquisa. A aplicação de tal modelo aos nossos corpora
nos informou que os propósitos comunicativos de resenhas de filme são:
descrição, interpretação e avaliação. Além da análise das regularidades que
caracterizam o gênero, a partir de seus movimentos retóricos e subfunções, o
estudo contou também com levantamento dos recursos semânticos de avaliação
presentes nos textos, visando observar como os críticos avaliam um filme e como
se posicionam em relação ao que avaliam. A fim de dar conta deste aspecto das
resenhas, recorremos à Teoria da Valoração, descrita por James Martin e
colaboradores (Martin e White, 2005; Martin e Rose, 2007), a fim de classificar
tais recursos e coordená-los com os movimentos avaliativos identificados. Em
ambas as análises, comparamos os resultados obtidos entre corpora, buscando
detectar possíveis diferenças entre tipos de mídia. A visão funcional sistêmica da
qual deriva o modelo de Martin está ancorada em Halliday (2004) e serviu de
ponte para a compreensão das relações interpessoais que se estabelecem no
discurso aqui enfocado. Nesse sentido, também foram entrevistados leitores,
críticos e editores, por constituírem a comunidade discursiva que produz e
consome resenhas de filme. Sua visão do gênero é relevante, na medida em que
situa os textos no contexto comunicativo de que fazem parte, estabelecendo assim
o lado social do gênero. Por fim, os resultados encontrados revelam que há
diferenças entre tipos de mídia, tanto no que concerne à organização textual,
quanto no que respeita a avaliação dos filmes e dos profissionais envolvidos.
Nossas conclusões apontam para maior importância dos propósitos de descrever
e interpretar, juntos, sobre o de avaliar, em ambos os tipos de mídia. E para o
fato de que a avaliação, em particular, é mais expressiva nos veículos especializados.
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