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Título: O CETICISMO NOS ESTUDOS DA LINGUAGEM: SOBRE CONTRA OS GRAMÁTICOS, DE SEXTO EMPÍRICO
Autor: ANA PAULA GRILLO EL JAICK
Colaborador(es): MARIA HELENA FRANCO MARTINS - Orientador
Catalogação: 21/DEZ/2009 Língua(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
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Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=14751&idi=1
[en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=14751&idi=2
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.14751
Resumo:
Esta tese é uma análise de Contra os gramáticos, tratado sobre a linguagem escrito quase vinte séculos atrás pelo cético Sexto Empírico. Dedicando-se a esse importante capítulo na história das idéias lingüísticas, o estudo tem em seu horizonte mais amplo contribuir para o entendimento das relações entre ceticismo e linguagem. Responde, em especial, a um cenário contemporâneo em que as virtudes das palavras para o entendimento e a comunicação são recorrentemente postas em dúvida – nas artes em geral, e também em expressiva parcela das reflexões teóricas produzidas no âmbito das ciências humanas e sociais. Partindo da hipótese de que o exame de uma das mais remotas manifestações do pensamento cético sobre a linguagem pode nos ajudar a compreender esse cenário, a pesquisa teve como perguntas norteadoras as seguintes: (i) que perspectiva(s) de linguagem informa(m) os argumentos de Sexto Empírico em seu tratado Contra os gramáticos? e (ii) Sob que aspectos da linguagem a dúvida cética recai nesse tratado? O antigo texto foi assim interrogado por meio de uma abordagem conscientemente anacrônica: tomamos como balizas de análise perspectivas contemporâneas de linguagem, a saber, aquelas que inflamaram o debate filosófico no âmbito da assim chamada virada lingüística, em que se pode discernir a oposição básica entre uma visão pragmática e uma visão representacionalista da linguagem. Reconhecendo que a contenda adquire inflexões substantivamente distintas conforme os autores que se tenha em mente, optamos aqui por tomar como referência mais específica a manifestação do referido antagonismo na filosofia de L. Wittgenstein – levando em conta sobretudo os interlocutores que dialogam em suas Investigações filosóficas. Uma primeira conclusão do estudo é que convivem na trama argumentativa de Contra os gramáticos duas proto-imagens de linguagem, associáveis respectivamente ao representacionalismo e ao pragmatismo. Outra conclusão a que chegamos é que, em Contra os gramáticos, a dúvida cética incide sobre a idéia de uma ordem intrínseca à linguagem, mas não sobre as suas virtudes práticas, cotidianas. Mostraremos ainda que a noção de linguagem comum, central em Contra os gramáticos, tem ali um status de solução, contrapondo-se a ambições metalingüísticas vistas como nocivas e fadadas ao insucesso. Por fim, concluímos que uma análise da mesma noção de linguagem comum em outras obras de Sexto Empírico desestabiliza esse status: a linguagem comum passa então a receber cuidados e a despertar escrúpulos sugestivos de que pode ser ao mesmo tempo solução e problema.
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CAPA, AGRADECIMENTOS, RESUMO, ABSTRACT E SUMÁRIO PDF    
CAPÍTULO 1 PDF    
CAPÍTULO 2 PDF    
CAPÍTULO 3 PDF    
CAPÍTULO 4 PDF    
CAPÍTULO 5 PDF    
CAPÍTULO 6 PDF    
CAPÍTULO 7 PDF    
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PDF