Logo PUC-Rio Logo Maxwell
ETDs @PUC-Rio
Estatística
Título: A DELIMITAÇÃO DO ADJETIVO COMO CATEGORIA LEXICAL NA AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM: UM ESTUDO EXPERIMENTAL NO PORTUGUÊS BRASILEIRO
Autor: LUCIANA TEIXEIRA
Colaborador(es): LETICIA MARIA SICURO CORREA - Orientador
Catalogação: 08/OUT/2009 Língua(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
Notas: [pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
[en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio.
Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=14346&idi=1
[en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=14346&idi=2
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.14346
Resumo:
Este trabalho se caracteriza como um estudo experimental, cujo foco é a delimitação da categoria adjetivo por crianças adquirindo o Português Brasileiro (PB) como língua materna. Adota-se uma perspectiva psicolingüística de aquisição da linguagem, aliada a uma concepção minimalista de língua (Chomsky, 1995-2001). Assume-se que a criança é sensível às propriedades fônicas de elementos de classes fechadas, como determinantes e afixos, conforme a hipótese do bootstrapping fonológico (Morgan & Demuth, 1996; Christophe et al., 1997). Considera-se que a representação da Categoria funcional D é fundamental na distinção entre nomes e adjetivos e que sufixos derivacionais contribuem para a representação do traço categorial desses últimos no léxico. Com base na hipótese do bootstrapping sintático (Gleitman, 1990), assume-se que a análise de adjetivos no contexto sintático de DPs ou de small clauses, aliada ao pressuposto de que DPs fazem referência a objetos/entidades, possibilita a representação de adjetivos como categoria que apresenta uma propriedade ou atributo de um referente. Avalia-se, ainda, o papel da ordem canônica, na distinção entre adjetivos e nomes, na ausência de informação de natureza morfológica. Neste trabalho, uma ampla revisão da literatura lingüística acerca da categoria adjetivo é apresentada de modo a que se identifique o que é demandado da criança na delimitação dessa categoria lexical, levando-se em conta propriedades do português. Foram conduzidos quatro experimentos: três com crianças, usando-se a técnica de seleção de objetos com pseudopalavras, e um com adultos falantes do PB. Para este último, foi concebida uma tarefa de atribuição de propriedades a objetos e pessoas a serem imaginadas a partir de pseudo-adjetivos denominais, de modo a avaliar em que medida as propriedades semânticas atribuídas a sufixos derivacionais formadores de adjetivos em análises lingüísticas correspondem ao conhecimento lingüístico intuitivo do falante da língua. Os dois primeiros experimentos foram conduzidos com crianças de 12-22 meses; o último, com crianças de 2-3 anos e 4-5 anos No Experimento 1, avalia-se o papel de determinantes e sufixos derivacionais, formadores de adjetivos, na delimitação desta categoria lexical em estruturas predicativas, independentemente das propriedades semânticas dos afixos. No Experimento 2, investiga-se o papel da ordem canônica aliada ao do sufixo derivacional como desencadeadores do processo de delimitação de nomes e adjetivos no âmbito do DP. No Experimento 3, explora-se o conhecimento por parte de falantes adultos do PB acerca dos traços semânticos dos afixos derivacionais -oso e -ento, formadores de adjetivos. No Experimento 4, verifica-se se os traços semânticos desses afixos são representados pela criança de modo a ser capaz de interpretá-los na interface semântica, à semelhança do que fazem os falantes adultos da língua. Os resultados dos experimentos aqui relatados são compatíveis com a hipótese de trabalho que orienta esta tese, qual seja, a de que a criança faz uso de informação sintática e morfológica na delimitação de adjetivos, e revelam que já aos dois anos de idade propriedades semânticas de sufixos formadores de adjetivos são representadas pela criança. Este trabalho contribui para uma teoria da aquisição da linguagem fundada no processamento de informação das interfaces da língua com sistemas perceptuais e conceptuais, na qual se enfatiza o papel de categorias funcionais e de elementos de classe fechada em geral (incluindo-se os afixos derivacionais) na identificação do que há de específico na língua. Este estudo também introduz uma metodologia experimental que permite complementar o resultado de análises lingüísticas pertinentes à morfologia no que concerne o conhecimento intuitivo do falante acerca dos traços semânticos de afixos.
Descrição: Arquivo:   
CAPA, AGRADECIMENTOS, RESUMO, ABSTRACT, SUMÁRIO E LISTAS PDF    
CAPÍTULO 1 PDF    
CAPÍTULO 2 PDF    
CAPÍTULO 3 PDF    
CAPÍTULO 4 PDF    
CAPÍTULO 5 PDF    
CAPÍTULO 6 PDF    
CAPÍTULO 7 PDF    
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E ANEXOS PDF