Título: | A REFORMA DO ENSINO MÉDIO TÉCNICO: DEMOCRATIZAÇÃO OU CERCEAMENTO? | |||||||
Autor: |
MARIA DA CONCEICAO CALMON ARRUDA |
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Colaborador(es): |
LEANDRO AUGUSTO MARQUES COELHO KONDER - Orientador |
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Catalogação: | 17/ABR/2008 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | |||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=11558&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=11558&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.11558 | |||||||
Resumo: | ||||||||
A presente investigação sobre a reforma do ensino médio
técnico dos anos 90 teve como pano de fundo as mudanças por
que passa o mundo do trabalho e a relação hodierna entre
trabalho e educação. O senso comum associa a educação
como um elemento propulsor da competitividade dos países e
dos indivíduos em um contexto de acirramento da
competitividade intercapitalista e da adoção de
uma série de políticas desfavoráveis a quem vive do
trabalho. É neste contexto que a reforma do ensino médio
técnico foi apresentada à sociedade brasileira,
como uma medida que não só propiciaria a universalização do
ensino médio, como a democratização do acesso dos alunos
das camadas populares à rede federal de ensino técnico. A
partir do questionamento da capacidade da arquitetura da
reforma em contribuir para a democratização do acesso,
realizamos uma pesquisa de cunho quantitativo com 302
alunos de três escolas técnicas da região metropolitana do
Rio de Janeiro. Nossa interrogação inicial se desdobrou
em três questões que permearam a pesquisa: (1) a reforma,
longe de ter democratizado o acesso dos alunos das camadas
populares ao ensino técnico federal, o teria colocado mais
distante da realidade desses atores sociais, em
função das dificuldades postas para cursar o ensino
técnico; (2) a existência de escolas técnicas privadas
destinadas às camadas médias seria um indicativo do
interesse desse estrato social pelo ensino médio técnico e
(3) o restabelecimento do sistema de ensino dual no
secundário estaria associado não a um projeto de
democratização do ensino, mas a uma concepção de educação
que vê na formação para o trabalho a trajetória escolar
mais adequada aos alunos das camadas populares. A título de
conclusão destacamos que a concepção de educação
norteadora da reforma, longe de ter um compromisso efetivo
com a democratização do acesso das camadas populares ao
sistema de ensino, buscou consolidar a educação
profissional como o caminho natural desse estrato social; e
afirmamos que as escolas técnicas federais não são escolas
de elite porque têm como proposta uma formação para o
trabalho, o que, independente das aspirações
de seus alunos, vai estabelecer uma socialização diversa da
proposta pelas escolas de elites.
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