Título: | APERFEIÇOAMENTO E APLICAÇÕES DE UMA METODOLOGIA PARA ANÁLISE DE ESPECIAÇÃO DE ARSÊNIO POR ELETROFORESE CAPILAR COM DETECTOR DE ICPMS | |||||||
Autor: |
ROBERTA AMORIM DE ASSIS |
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Colaborador(es): |
NORBERT FRITZ MIEKELEY - Orientador |
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Catalogação: | 01/JUN/2007 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | |||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=10019&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=10019&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.10019 | |||||||
Resumo: | ||||||||
A eletroforese capilar (CE) como técnica de separação está
bem
estabelecida para o uso em estudos de especiação
elementar; porém, em muitas
aplicações, a baixa sensibilidade devido à detecção UV,
impede a obtenção de
baixos limites de detecção (LD). Desta forma, tem sido de
grande relevância o
estudo do acoplamento (hifenação) entre a CE e sistemas de
detecção mais
sensíveis. Iniciou-se o trabalho com uma avaliação crítica
entre diversas interfaces
para o acoplamento entre a CE e a espectrometria de massas
com plasma
indutivamente acoplado (ICPMS). Foram testadas uma
interface comercial e
outras, adaptadas no próprio laboratório a partir de
diferentes micronebulizadores
e câmaras de nebulização. O estudo concluiu que o
nebulizador de fluxo paralelo
(Mira Mist CE, Burgener Research, AU) apresentou melhor
performance, devido
a ausência de efeito de retro-pressão acima do orifício do
capilar de eletroforese,
e por ter um canal de amostra suficientemente grande para
introduzir o capilar até
a saída do nebulizador, impedindo assim, o entupimento do
mesmo em trabalhos
de rotina, observado em todos os outros nebulizadores.
Utilizando este
nebulizador e uma câmara ciclônica de volume reduzido (20
mL), foi
desenvolvida uma metodologia para separação eletroforética
e quantificação por
ICPMS de cinco espécies de arsênio: AsIII, AsV, MMAV, DMAV
e AsB. Um
estudo sistemático de diversos parâmetros experimentais
resultou nas seguintes
condições otimizadas para a separação e nebulização:
tampão de fosfato 20 mmol
L(-1) (pH = 9) com 1,5 mmol L(-1) de TTAB como modificador do
fluxo
eletroosmótico; tempo de injeção no modo hidrodinâmico de
40 s a 50 mbar; e
solução make up de NH4NO3 20 mmol L(-1) (pH = 9) com 10 porcento de
metanol, e
vazão de 40 (mi)L min(-1). Iodeto foi utilizado para
monitorar a separação
eletroforética, enquanto que Cs foi usado para controlar
a eficiência e constância
de nebulização. Os desvios padrão relativos para a posição
dos picos e as suas áreas correspondentes foram < 10 porcento para
todas as espécies, enquanto que os
limites de detecção foram de 2,5 (mi) L(-1) para AsB e de
0,5 (mi) L(-1) para as demais.
A metodologia foi aplicada para análise de especiação de
arsênio em amostras de
suco de uva, e num estudo preliminar sobre o metabolismo
de Arsenil (MMAV)
em cavalos. No primeiro estudo, observou-se que as
concentrações de As-total em
todas as amostras analisadas (31 de 20 marcas de suco de
uva diferentes), e
também de outros elementos tóxicos (p.ex. Al, Hg, Cd, Sn,
Pb, e Al),
encontravam-se abaixo dos Limites Máximos de Tolerância
estabelecidos pela
legislação brasileira. Estudos de especiação por CE-ICPMS
e FIA-HG-ICPMS
mostravam que entre os cinco espécies de arsênio
estudadas, apenas as
inorgânicas (AsV e AsIII) estavam presentes, em proporções
variáveis. O estudo
sobre a absorção e excreção da droga Arsenil (MMAV) em
cavalos mostrou que
a droga é rapidamente eliminada pelo organismo, sugerindo
uma cinética de
primeira ordem para o processo, durante o tempo
investigado (sete dias), com
tempos de meia vida de aproximadamente 34 h (urina) e 44 h
(plasma),
respectivamente. Observou-se a presença de DMAV na urina
como único
metabólito da droga, já presente nos primeiros dois dias
da aplicação, e
acompanhando o perfil de absorção e excreção do Arsenil
(MMAV). Estes
resultados indicam que a metilação é a via principal de
desintoxificação,
confirmando observações já feitas por diversos autores,
mas em outros sistemas
biológicos.
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