Título: | O PAPEL DAS CONFIGURAÇÕES DO TELETRABALHO NA IDENTIFICAÇÃO ORGANIZACIONAL | ||||||||||||
Autor: |
BRUNO TARANTO MALHEIROS |
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Colaborador(es): |
PATRICIA AMELIA TOMEI - Orientador |
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Catalogação: | 11/MAR/2025 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=69600&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=69600&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.69600 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
As diversas formas de trabalho remoto ganharam ainda mais visibilidade ao
se tornaram uma alternativa para que organizações de diferentes segmentos
pudessem dar continuidade às suas operações frente à pandemia da COVID-19, que
assolou o mundo em 2020. Teletrabalho é uma forma de trabalho remoto,
caracterizada pela realização de tarefas laborais fora do espaço da organização.
Teletrabalho pode aumentar a satisfação do trabalhador, mas pode gerar redução do
sentimento de pertencimento à organização, favorecendo o isolamento social e
profissional, especialmente quando acontece em regime integral. Este isolamento
dificulta os vínculos afetivos e cognitivos do trabalhador com sua organização, ou
seja, a identificação organizacional. Há riscos de fragmentação da organização, de
redução do comprometimento, engajamento e satisfação individual. Também pode
levar à percepção de desfavorecimento dos teletrabalhadores em crescimento na
carreira e ocupação de cargos de chefia. Este contexto é agravado pelas
configurações do teletrabalho, que podem variar de acordo com as decisões de cada
organização. Por exemplo: a intensidade (teletrabalho integral ou parcial), a política
que define o que pode ser realizado de forma remota, o local onde o trabalho é
realizado, o suporte oferecido pela instituição, o perfil do trabalhador e do seu
gestor, entre outros. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi investigar como
as configurações do teletrabalho se relacionam aos elementos de identificação
organizacional e podem explicar diferentes níveis de identificação. O interesse em
realizar esta investigação surgiu a partir da constatação, em bases de dados
científicas, de que não havia pesquisas com esta abordagem, relacionando as
configurações do teletrabalho de forma combinada à identificação organizacional
em seus elementos constitutivos. Para dar conta deste objetivo, foi realizada uma
pesquisa de abordagem qualitativa, na qual entrevistou-se 22 teletrabalhadores
utilizando a Teoria da Identidade Social como lente. O lócus da pesquisa foi a
administração pública federal, por conta do uso massivo do teletrabalho. A análise
dos dados foi realizada com a técnica da análise de conteúdo, que levou à
identificação de nove proposições. Estas proposições apontam que (i) o nível de
identificação do teletrabalhador afeta as características pessoais que o trabalhador
descreve como ideais no teletrabalho; (ii) encontros regulares, preferencialmente
presenciais, afetam positivamente a identificação por favorecerem a
despersonalização; (iii) flexibilidade de horários afeta positivamente a identificação
por reforçar a autonomia; (iv) quanto maior a intensidade, maior a relevância das
práticas organizacionais para identificação; (v) normas claras e suporte
organizacional adequados afetam positivamente a identificação, contribuindo para
o sentimento de confiança; (vi) relacionamentos entre trabalhadores e gestores
baseados em confiança e baixo controle favorecem a identificação; (vii) o estímulo
a relações interpessoais entre os trabalhadores contribui para a construção da
identidade social, aumentando a força da identificação; (viii) características do
arranjo de trabalho e relacionamentos em teletrabalho são mediados pelas
configurações do posicionamento da organização na identificação organizacional
e; (ix) configurações do posicionamento da organização influenciam indiretamente
na construção da identidade social, afetando a força da identificação. Por fim, a
presente pesquisa apresenta sugestões de ações a serem adotadas nas configurações
do teletrabalho pelas organizações e propõe oportunidades para pesquisas futuras.
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