Título: | AQUELE VIADINHO QUE ME TIROU PRA FORA DE SALA: UMA ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DAS EMOÇÕES E DE AVALIAÇÕES DE PROFESSORES QUEER POR UM VIÉS AUTOETNOGRÁFICO | ||||||||||||
Autor: |
CARLOS AUGUSTO DE O RIBEIRO JR |
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Colaborador(es): |
ADRIANA NOGUEIRA ACCIOLY NOBREGA - Orientador |
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Catalogação: | 01/JUN/2023 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=62750&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=62750&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.62750 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
O objetivo desta pesquisa é compreender como se estabelecem os afetos e
as relações interpessoais de um grupo de professores, ao refletirem sobre suas
performances LGBT em trajetórias de vida, especialmente em práticas
profissionais. Para isso, analiso e interpreto a avaliação (LINDE, 1997;
THOMPSON; HUNSTON, 2006; HUNSTON, 2011) e sua relação com a
construção discursiva de emoções (ABU-LUGHOD; LUTZ, 1990; AHMED,
2004; REZENDE; COELHO, 2010) em discursos (FOUCAULT, 1972;
PENNYCOOK, 2007; ROCHA, 2020) produzidos ao longo de conversas
exploratórias (NUNES, 2017) realizadas com professores e professoras do Ensino
Básico quanto às suas performances LGBT no contexto escolar. Seguindo os
objetivos específicos, pretendo criar entendimentos sobre discursos avaliativos
que evidenciam as emoções e disputas de ideologias normativas, além de analisar
o caráter micropolítico das emoções que surgem em tais conversas, sendo que
algumas delas desenrolam-se em narrativas (BASTOS; BIAR, 2015) e histórias de
vida (LINDE, 1997). Deve-se entender queer aqui como todo agir contra-hegemônico (BUTLER, 1999; CAMERON; KULICK, 2003; BORBA, 2015;
BORBA, 2019; MOITA LOPES; PINTO, 2020), pensando-se nas diversas
maneiras de se manifestar gênero, sexualidade e afeto socialmente. Alinhado a
uma proposta metodológica de dimensão autoetnográfica (ELLIS; BOCHNER,
2000), reflito e investigo tanto as minhas experiências de vida em relação ao tema
desta dissertação, quanto as vozes de outros professores e professoras recém-inseridos no mercado de trabalho, para entender melhor nossas realidades. Além
disso, por estar inserida no âmbito da Linguística Queer (BORBA, 2019), a
pesquisa intenciona questionar discursos hegemônicos e cisheteronormativos,
seguindo a lógica procedimental de uma pesquisa qualitativa-interpretativa
(DENZIN; LINCOLN, 2006). Os dados foram analisados a partir da observação
das instâncias léxico-gramaticais avaliativas e de três lâminas de análise da
narrativa (BIAR et al, 2021): como o texto está sendo construído, como a
interação se dá e quais Discursos (GEE, 2001) estão circulando. Com esse fim,
divido a análise em três vieses: a adolescência, a instituição escolar e a relação
com os alunos. Os resultados indicam caminhos diferentes, mas que se
atravessam. Pôde-se identificar a emersão de avaliações majoritariamente
negativas, em relação ao comportamento de outros com os professores da
pesquisa, e predominantemente positivas quando falavam de si mesmos. Ao
mesmo tempo, foi possível observar emoções de cunho negativo, como
insegurança, medo e rejeição, e de cunho positivo, como amor, esperança e
orgulho.
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