Título: | RACISMO E (IN)SUCESSO ESCOLAR: PERCEPÇÕES E VIVÊNCIAS ESCOLARES DE ADOLESCENTES DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL II | ||||||||||||
Autor: |
SANDRA REGINA DE SOUZA MARCELINO |
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Colaborador(es): |
ALICIA MARIA CATALANO DE BONAMINO - Orientador KELLY CRISTINA RUSSO DE SOUZA - Coorientador |
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Catalogação: | 17/SET/2019 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=45379&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=45379&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.45379 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
Esta pesquisa de doutoramento traz como objeto central as percepções dos adolescentes sobre (in)sucesso escolar e racismo. Com isso, buscamos compreender como a tônica do racismo opera ao se tratar de sucesso e fracasso a partir do olhar de adolescentes nas séries finais do ensino fundamental II. Para a pesquisa foi feito um estudo de caso a partir duas escolas públicas localizadas no município do Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense com adolescentes de oitavo e nono anos, na faixa etária de 13 a 15 anos. A pesquisa tem como característica ser um estudo de caso com abordagem qualitativa e analisada a partir dos dados obtidos nas observações da rotina escolar, nos questionários e em oficinas pedagógicas realizadas com os adolescentes. Buscamos compreender como os estudantes percebiam o racismo nas suas experiências escolares e cotidianas, a compreensão do sucesso e do fracasso escolar e a influência das redes de suporte e seus incentivos como agência fundamental na experiência do sucesso escolar. Observou-se que a violência racial é consolidada através do silêncio e o uso do tom da voz como instrumento de poder, de superioridade e opressão para quem ocupa um lugar hegemônico. Os estudantes negros fazem do silêncio uma estratégia de sobrevivência, ao mesmo tempo em que criam situações seguras para falar sobre o racismo. A tônica da violência do racismo se expressa através dos xingamentos no momento de conflitos ou apelidos que são naturalizados como brincadeira e afeto. O mito da democracia racial é escamoteado na ideologia da igualdade e da perspectiva religiosa. A família, na representação da figura materna, principalmente, continua sendo a principal rede de apoio na construção do empoderamento do sucesso escolar, no entanto, a novidade é o uso da internet como forma de apoio nos momentos de dificuldades e de ausência familiar entre os estudantes de baixa renda. Concluímos que o não olhar crítico dos adolescentes sobre o racismo e o debate de sucesso e fracasso
escolar estão coerentes com a lógica que se estabelece em uma sociedade pautada na hierarquização racial e sob os efeitos da colonialidade. A existência de uma miopia racial, ou seja, a dificuldade de enxergar as tramas do racismo ou a visão embaçada sobre ele gera vantagens e desvantagens que são a prova de sua funcionalidade.
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