A atual mudança de época fez com que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) observasse, com renovada atenção, o valor da experiência pessoal de fé no interior da comunidade cristã. No intuito de mostrar o crescente peso que a subjetividade humana assumiu nas reflexões comunitárias do episcopado brasileiro, o presente artigo traça, de modo breve, as principais linhas antropológicas de alguns documentos pastorais publicados pela CNBB desde o período conciliar. A análise antropológica e eclesiológica dos textos permite enxergar, em meio aos diferentes acentos eclesiológicos, uma constante compreensão cristã integral da pessoa. Aqui, a experiência religiosa, na comunidade cristã, é vista sem reducionismos, com atenção especial ao testemunho de vida e à abertura à realidade histórica.