A intenção deste texto é discutir a inserção das tecnologias no contexto educativo, apresentada muitas vezes através de um discurso eufórico, que defende a inclusão das novas tecnologias nas práticas pedagógicas como possibilidade de transformação na qualidade de ensino. Neste trabalho se questiona a interpretação de que a incorporação de avanços tecnológicos por si só seria, a priori, a expressão da democratização da educação, redentora de uma escola supostamente tradicional e desinteressante. No questionamento desta visão, parte-se do pressuposto de que a linguagem, o mundo social - e aqui está incluída a escola - são fundamentalmente dialógicos, ou seja, caracterizados pela interação entre diferentes perspectivas e pontos de vista.