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Estatística
Título: ANÁLISE DE PERFORMANCE EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
Autor: LEONARDO DOS SANTOS LOURENCO BASTOS
Colaborador(es): SILVIO HAMACHER - Orientador
FERNANDO AUGUSTO BOZZA - Coorientador
Catalogação: 29/NOV/2018 Língua(s): INGLÊS - ESTADOS UNIDOS
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
Notas: [pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
[en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio.
Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=35727&idi=1
[en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=35727&idi=2
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.35727
Resumo:
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um departamento importante dentro do Hospital visto que lida majoritariamente com casos de alta complexidade e gera elevados custos administrativos, o que requer um controle adequado de seus processos. Inconformidades tais como erros em atividades de tratamento e falta de comunicação entre os funcionários são comumente responsáveis pelo baixo desempenho de UTIs e devem ser ajustados para reduzir possíveis danos ao tratamento do paciente. Para avaliar a eficiência de uma UTI, a literatura propõe que sejam estabelecidas métricas que considerem quatro perspectivas - médica ou clínica, econômica, social e institucional – que oferecem uma visão abrangente das atividades (administrativas ou de tratamento) dentro da unidade e seus impactos no pós-tratamento. Entretanto, a avaliação de desempenho em uma UTI não é uma tarefa simples, pois há diversas variáveis a serem consideradas e que podem ser potenciais causas de um mau desempenho. Além disso, não há uma métrica ou indicador padrão-ouro que consegue reter de forma adequadas as informações, sendo que diversas perspectivas devem ser consideradas. Os indicadores mais comuns são A Taxa de Mortalidade Padronizada (Standardized Mortality Ratio, SMR) e o Taxa de Uso de Rescursos Padronizada (Standardized Resource Use, SRU), que contabilizam desfechos de mortalidade (clínicos) e de uso de recursos (econômicos), junto de metodologias propostas para viabilizar a comparação entre diferentes UTIs, identificar de grupos de desempenho e analisar os riscos de mortalidade dos pacientes dentro da unidade, tais como os conceitos de Rankability e Perfis de Risco (Risk Profiles). Além disso, é necessário definir corretamente os desfechos a serem contabilizados em indicadores. Nesse contexto, recomenda-se a combinação de diferentes indicadores e metodologias de forma a complementar e elevar a confiabilidade da análise de desempenho e benchmarking. Com isso, este estudo tem como objetivo analisar um conjunto de UTIs em termos de desempenho quanto à mortalidade e uso de recursos, associando-os com as características das unidades e seus fatores institucionais, para identificar possíveis correlações. A análise foi feita em uma amostra composta por 12.100 pacientes que foram hospitalizados em 116 UTIs, considerando um desfecho em até 60 dias de interação. Este estudo teve como contribuição a combinação de diferentes técnicas e indicadores, e uma discussão a respeito da variabilidade do SMR em comparação à metodologia tradicional. Para este propósito, combinou-se as técnicas da Matriz de Eficiência, Rankability – índice de confiabilidade de um indicador de desfecho, e Perfis de Risco, de forma a obter e avaliar o desempenho de grupos de UTIs. Como resultados, verificou-se que UTIs cuja administração é de domínio Público e que destinam a maioria dos seus leitos ao Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro tiveram mortalidade significativamente alta em relação àquelas de dominínio privado (p-valor menor que 0.05). Além disso, realizou-se um agrupamento das UTIs utilizando quatro diferentes técnicas de clusterização de forma a garantir a máxima confiabilidade do indicador para comparação (Rankability), o que resultou na presença de clusters extremos contendo uma UTI cada, sendo elas a de maior e a de menor SMR, apesar de ambas apresentarem o mesmo conjunto de severidades. Para cada grupo, estimou-se o seu perfil de risco, e verificou-se que pacientes com menor gravidade apresentaram maior variabilidade nos riscos de morte, sendo estes maiores nos grupos com alto SMR e menores em grupos de menor mortalidade, sendo que a dispersão tendeu a ser menor quanto menor for o risco, o que poderia influenciar diretamente no cálculo do SMR. Com isso, por meio de equações matemáticas e simulação por meio de reamostragem, verificou-se que o SMR possui uma limitação em sua escala, que depende diretamente do espectro de gravidade dos pacientes em cada UTI ou grupo de desempenho analisado. O SMR possui maior variabilidade para grupos de gravidade de baixo risco enquanto que o alto risco diminui esse intervalo, demonstrando um possível viés, o que pode resultar em conclusões enviesadas ao comparar UTIs com mesmo valor de SMR, porém com diferentes case-mixes.
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