[en] BLACK THEOLOGY IN BRAZIL: A QUILOMBOLA EPISTEMOLOGY

[pt] TEOLOGIA NEGRA NO BRASIL: UMA EPISTEMOLOGIA AQUILOMBADA

[pt] WELLINGTON DE ANDRADE FREITAS

[pt] POLITICA

[pt] QUILOMBAGEM

[pt] TEOLOGIA NEGRA

[pt] DECOLONIALIDADE

[pt] RACISMO

[en] POLICY

[en] QUILOMBAGEM

[en] BLACK THEOLOGY

[en] DECOLONIALITY

[en] RACISM

[pt] O trabalho elucida – ainda que de modo sintético – o percurso da Teologia Negra no Brasil: uma teologia também denominada de Teologia da Libertação Negra ou Teologia Afroamericana, surgida na articulação dos movimentos negros, religiosos e acadêmicos em que não se perde o cunho popular, o diálogo e participação das religiões afro-brasileiras; e, não trabalha apenas contra o racismo anti-negro, luta a favor dos marginalizados independente da questão étnico-racial, gênero e sexo. Assim, afirma-se a Teologia Afroamericana na qualidade de quilombo por sê-la plurirracial, transcultural e pluriversal; e que é da quilombagem por sê-la de resistência, de um contínuo, de constância, em incomodar ou de causar crise no sistema racista da branquitude. Antes de centralizar-se no aquilombamento da teologia, ressaltam-se os aspectos sociais do racismo no Brasil a partir dos recortes históricos e socioculturais abordando a desigualdade mediante a política e ao sistema mercadológico – conceituando que os corpos racializados é um fator da modernidade colonial que perdura a partir da colonialidade: afetando o psiquismo do negro atrelando-se ao branqueamento e ao mito da democracia racial. A Teologia Negra sendo em si a quilombagem também é decolonialidade porque busca uma igreja não eurocentrista, plural, inclusiva e aberta; e não monocultural de epistemologia hegemônica. Destaca-se que a Teologia Negra preza pela intersubjetividade: prática comum da Comunidade Negra, aí sendo elaborada do pensamento crítico negro e das expressões e saberes contextuais das periferias. Portanto, sendo uma epistemologia aquilombada. Este processo de reação à branquitude, nos setores sociocultural, político e religioso, implica numa teologia da quilombagem e que aquilomba os outros.

[en] The work elucidates – although in a synthetic way – the path of Black Theology in Brazil: a theology also called Black Liberation Theology or AfroAmerican Theology, which emerged from the articulation of black, religious and academic movements in which the popular aspect, dialogue and participation of Afro-Brazilian religions are not lost; and, it does not only work against anti-black racism, but fights in favor of the marginalized regardless of ethnic-racial, gender and sex issues. Thus, Afro-American Theology asserts itself as a quilombo for being multiracial, transcultural and pluriversal; and that it s of the quilombagem for being resistance, of a continuum, of constancy, in disturbing or causing crisis in the racist system of whiteness. Before focusing on the quilombola theology, the social aspects of racism in Brazil are highlighted from historical and sociocultural perspectives, addressing inequality through politics and the market system – conceptualizing that racialized bodies are a factor of colonial modernity that persists from coloniality: affecting black people s psyche, linking themselves to whitening and the myth of racial democracy. Black Theology, being in itself quilombola, is also decoloniality because it seeks a non-Eurocentric, plural, inclusive and open church; and not a monocultural one with a hegemonic epistemology. It s worth noting that Black Theology values intersubjectivity: a common practice of the Black Community, which is elaborated from black critical thought and from the expressions and contextual knowledge of the peripheries. Therefore, it s a quilombola epistemology. This process of reaction to whiteness, in the sociocultural, political and religious sectors, implies a theology of quilombola and that quilombola others.

PAULO FERNANDO CARNEIRO DE ANDRADE

MARIA CLARA LUCCHETTI BINGEMER

PAULO FERNANDO CARNEIRO DE ANDRADE

VICTOR SIQUEIRA SANTOS

2025-10-09

2025-09-03

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