[pt] A NORMA OCULTA DO DESENVOLVIMENTO: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE PRÁTICAS DE CONTESTAÇÃO LOCAL NO CONTEXTO DA PRESIDÊNCIA BRASILEIRA DO G20

[en] DEVELOPMENT S HIDDEN NORM: AN EXPLORATORY STUDY ON PRACTICES OF LOCAL CONTESTATION IN THE CONTEXT OF THE BRAZILIAN PRESIDENCY OF G20

[pt] RAQUEL CONCEICAO SANTOS

[pt] MULTILATERALISMO

[pt] DESENVOLVIMENTO

[pt] G20

[pt] CONTESTACAO

[pt] PARTICIPACAO SOCIAL

[en] MULTILATERALISM

[en] DEVELOPMENT

[en] G20

[en] CONTESTATION

[en] SOCIAL PARTICIPATION

[pt] Em 2024 o Brasil assumiu a presidência rotativa do G20 e sediou sua Cúpula de Líderes no Rio de Janeiro. Representando cerca de dois terços da população mundial, o G20 é um arranjo multilateral informal que opera como um catalizador de discursos de desenvolvimento nos entremeios da governança global, buscando exercer influência na política internacional por meio de seus debates e consensos. Dessa forma, o grupo aborda temas de alta relevância no tabuleiro mundial, sobretudo na agenda global de desenvolvimento, gerando discursos e modelos que circulam e se reproduzem em distintas escalas. Nesse sentido, a presidência brasileira do G20 foi marcada por dois movimentos do que chamo aqui de expansão improvisada: o lançamento da iniciativa Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza; e a implementação do inédito G20 Social. Enquanto o primeiro foi celebrado em festival musical, o segundo foi inaugurado por meio da Cúpula Social do G20, espaço de participação da sociedade civil e movimentos sociais que culminou na confecção de uma declaração entregue aos chefes de Estado do grupo. Ao passo em que este espaço reitera a virada da participação social no multilateralismo, também desafia as estruturas existentes de resistência aos sistemas de opressão, sobretudo o capitalismo. Por meio dos Estudos Críticos do Desenvolvimento e da literatura em normas internacionais, a presente pesquisa investiga as estruturas de participação social por meio da contestação como conceito sensibilizante. Além do G20 Social, observou-se por meio de pesquisa de campo a autônoma Cúpula dos Povos e o Grupo de Engajamento Civil20 (C20). Utilizando o quadro analítico elaborado por Antje Wiener (2018), objetiva-se identificar o que as práticas contestatórias (re)encenadas durante a presidência brasileira do grupo revelam sobre os discursos de desenvolvimento mobilizados pelos líderes do G20.

[en] In 2024, Brazil took over the rotating presidency of the G20 and hosted the Leaders Summit in Rio de Janeiro. Representing around two-thirds of the world s population, the Group of Twenty is an informal multilateral arrangement who operates as catalyst for development discourses in the breaches of global governance seeking to influence international politics through debates and reached consensus. Thus, the group addresses highly relevant issues at the world stage especially in the global development agenda, generating discourses and models which circulate and are reproduced on different scales. In this regard, Brazil s presidency of G20 was marked by two improvised expansion moves: the launch of the Global Alliance Against Hunger and Poverty initiative; and the implementation of the unprecedented Social G20. While the former was celebrated through a music festival, the latter was inaugurated at the G20 Social Summit, a participation structure designed for civil society and social movements engagement, which culminated in a declaration delivered to the group s heads of state. While this space reiterates the turn towards social participation in multilateralism, it also challenges the existing structures of resistance to oppression systems, such as capitalism. Through Critical Development Studies and International Norms literature, this research investigates the structures of social participation through contestation as a sensitizing concept. In addition to the Social G20, field research looked at the autonomous People s Summit and the Civil Engagement Group20 (C20). Using the analytical framework developed by Antje Wiener (2018), the aim is to identify what was revealed about development discourses mobilized by G20 leaders through the contestatory practices (re)enacted at the Brazilian presidency of the group.

ISABEL ROCHA DE SIQUEIRA

ISABEL ROCHA DE SIQUEIRA

JAMES MATTHEW DAVIES

ALINE CONTTI CASTRO

2025-09-30

2025-04-25

[pt] TEXTO

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PORTUGUÊS

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https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.73298