[ca] IZAQUE DE CASTRO TARTAS AND BARUCH DE SPINOZA BEYOND TOLERANCE:B NATURAL LAW AND JUS GENTIUM IN THE DEFENSE OF FREEDOM OF PHILOSOPHIZING AND EXPRESSION IN THE 17TH CENTURY

[pt] IZAQUE DE CASTRO TARTAS E BARUCH DE SPINOZA ALÉM DA TOLERÂNCIA: O DIREITO NATURAL E O JUS GENTIUM NA DEFESA DA LIBERDADE DE FILOSOFAR E DE EXPRESSÃO NO SÉCULO XVII

[pt] HANNAH DE GREGORIO LEAO

[pt] LIBERDADE DE EXPRESSAO

[pt] IZAQUE DE CASTRO TARTAS

[pt] NOVO JUS GENTIUM

[pt] DIREITO NATURAL

[pt] BENEDICTUS (BARUCH) SPINOZA

[pt] A pesquisa aborda a filosofia de Baruch de Spinoza sobre a liberdade de filosofar e de expressão e, consequentemente, religiosa, considerando as filosofias da tolerância do século XVII e o processo de Izaque de Castro Tartas perante a Inquisição de Lisboa. Tendo em vista que Spinoza não utiliza o termo tolerância em seus escritos, a pesquisa analisa como a filosofia de Spinoza está além das filosofias da tolerância, nas palavras de Filippo Mignini. A ressonância do pensamento criptojudaico na filosofia de Spinoza é essencial para compreender a formulação de sua concepção radical de liberdade, colocando-o em embate direto com os poderes teológico-políticos das monarquias e Inquisições ibéricas do século XVII. O processo da Inquisição de Lisboa de Izaque de Castro Tartas, que conviveu com Spinoza na comunidade judaica de Amsterdã na década de 1640, evidencia uma convergência essencial com Spinoza, sob influência de Uriel da Costa e Juan de Prado: a adoção do direito natural em defesa da liberdade religiosa e de expressão. Izaque, em seu processo, defendeu a relação entre direito natural e jus gentium para garantir a proteção da liberdade religiosa garantida na Cláusula XXV do Tratado de Trégua de 1641, proporcionando uma perspectiva diferenciada para a compreensão da história do direito internacional. As convergências entre Izaque e Spinoza evidenciam uma defesa radical da liberdade de filosofar, religiosa e de expressão, no século XVII, que possuíam influências criptojudaicas marcantes e se situavam além dos discursos da tolerância do século XVII, em resistência direta aos poderes teológico-políticos.

[ca] The research addresses Baruch de Spinoza s philosophy on freedom of philosophizing and expression and, consequently, religious freedom, considering the philosophies of toleration of the 17th century and the trial of Izaque de Castro Tartas before the Lisbon Inquisition. Given that Spinoza does not use the term tolerance in his writings, the research analyzes how Spinoza s philosophy goes beyond the philosophies of toleration, in the words of Filippo Mignini. The resonance of crypto-Jewish thought in Spinoza s philosophy is essential to understand the formulation of his radical conception of freedom, placing him in direct conflict with the theological-political powers of the monarchies and Iberian Inquisitions of the 17th century. The Lisbon Inquisition trial of Izaque de Castro Tartas, who lived with Spinoza in the Jewish community of Amsterdam in the 1640s, highlights an essential convergence with Spinoza under influence of Uriel da Costa and Juan de Prado: the adoption of natural law in defense of religious freedom and expression. In his case, Izaque defended the relationship between natural law and jus gentium to ensure the protection of religious freedom guaranteed in Clause XXV of the Treaty of Truce of 1641, providing a unique perspective for understanding the history of international law. The convergences between Izaque and Spinoza demonstrate a radical defense of freedom of philosophy, religion and expression in the 17th century, which were marked by crypto-Jewish influences and went beyond the discourses of tolerance of the 17th century, in direct resistance to theological-political powers.

FRANCISCO DE GUIMARAENS

FLORIAN FABIAN HOFFMANN

FLORIAN FABIAN HOFFMANN

FRANCISCO DE GUIMARAENS

HOMERO SILVEIRA SANTIAGO

CECíLIA ABDO FERES

2025-08-04

2025-05-29

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https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.72119