Título
[pt] A EXTENSÃO DA COISA JULGADA A TERCEIROS EM LITÍGIOS MULTITUDINÁRIOS NO MERCADO DE CAPITAIS
Título
[en] THIRD PARTY CLAIM PRECLUSION IN MULTIPARTY SECURITIES LAWSUITS
Autor
[pt] FELIPE NEVES MONTEIRO
Vocabulário
[pt] MERCADO DE CAPITAIS
Vocabulário
[pt] DEMANDA SOCIETARIA
Vocabulário
[pt] LITISCONSORCIO
Vocabulário
[pt] COISA JULGADA
Vocabulário
[en] STOCK MARKETS
Vocabulário
[en] CORPORATE LAWSUIT
Vocabulário
[en] LITIGATION CONSORTIUM
Vocabulário
[en] THING JUDGED
Resumo
[pt] O presente estudo visa a analisar a possibilidade de extensão da coisa julgada a terceiros
no contexto de demandas do mercado de capitais, especialmente em litígios societários de
feição multitudinária envolvendo direitos incindíveis. Algumas espécies de demandas
societárias podem ser caracterizadas pela formação de litisconsórcio unitário facultativo, não
sendo raro que o próprio objeto da lide seja indivisível, como no caso de uma ação de anulação
de assembleia, por exemplo. Esses casos são debatidos há muito tempo pela doutrina nacional
e estrangeira, com a formação de duas correntes bem delimitadas por orientações
diametralmente opostas. Enquanto parte dos doutrinadores defende a não vinculação desse
terceiro à coisa julgada formada no processo anterior, outra parte entende que essa vinculação
é perfeitamente possível e até desejável, para evitar um conflito prático de julgados. De todo
modo, mudanças regulatórias e discussões mais recentes na seara do mercado de capitais não
só orientam para a crescente flexibilização da confidencialidade de procedimentos até então
marcados pelo sigilo, como também impõe às companhias abertas o dever de cientificar
terceiros quanto a existência de litígios multitudinários. Diante dessas circunstâncias, este
trabalho investiga até que ponto a atual regulação do mercado de capitais pode gerar
importantes repercussões processuais no sentido de eventualmente permitir a vinculação do
terceiro à coisa julgada do processo sobre matéria incindível. Além disso, busca-se dar uma
interpretação sistemática ao Código de Processo Civil a fim de solucionar uma questão que, ao
fim, nada mais é do que uma tensão entre os princípios do contraditório e da segurança jurídica.
O trabalho tem, ainda, a preocupação de buscar uma justificativa metodologicamente adequada
e intersubjetiva para o uso da técnica de ponderação, de maneira que sejam evitados casuísmos.
No final, chega-se a uma proposta de solução do problema que incorpora a técnica da
representatividade adequada como versão mitigada do contraditório apta a autorizar,
normativamente, a vinculação do terceiro à coisa julgada nos litígios litisconsorciais unitários
do mercado de capitais.
Resumo
[en] This study aims to analyze the possibility of extending res judicata preclusion to third
parties in securities lawsuits, especially in corporate disputes of multiparty nature and involving indivisible relief. Some types of corporate law claims may be pursued by several, and optional, co-claimants and it is not uncommon for the relief of the dispute itself to be indivisible, as is the case for lawsuits aimed to declare shareholders meetings null and void, for example. These cases have been debated for a long time by national and foreign doctrine, with the formation of two scholarly positions divided by diametrically opposed orientations. While some scholars argue that res judicata does not bind third parties, there are others who understand that binding them is not only possible, but even desirable, in order to avoid conflicting rulings. Nevertheless, as regulatory changes and more recent discussions have pointed toward relaxing confidentiality in lawsuits otherwise marked by secrecy, even determining that public companies disclose multiparty litigation, the subject has become more nuanced. Under such new circumstances, this work undertakes the task of determining if the current capital markets regulatory environment can have important repercussions as to bind third parties to res judicata preclusion in lawsuits involving indivisible relief. Moreover, it pursues a coherent interpretation of the Code of Civil Procedure, aiming to answer a question which is, in fact, a tension between the right to a day in court and legal certainty. The work is also concerned with seeking a
methodologically adequate and intersubjective justification for balancing such principles, in
order to avoid undue discretion. At the end, I propose a solution for the problem that
incorporates the concept of adequacy of representation as a mitigated version of the right to day in court which can normatively authorize that a third party be bound by res judicata preclusion in multiparty securities litigation.
Orientador(es)
RONALDO EDUARDO CRAMER VEIGA
Banca
MARCELO JUNQUEIRA CALIXTO
Banca
RONALDO EDUARDO CRAMER VEIGA
Banca
CAROLINA UZEDA
Catalogação
2025-07-21
Apresentação
2024-11-04
Tipo
[pt] TEXTO
Formato
application/pdf
Idioma(s)
PORTUGUÊS
Referência [pt]
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=71763@1
Referência [en]
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=71763@2
Referência DOI
https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.71763
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