Maxwell Para Simples Indexação

Título
[en] FORGIVENESS ACCORDING HANNAH ARENDT AND JACQUES DERRIDA

Título
[pt] O PERDÃO EM HANNAH ARENDT E JACQUES DERRIDA

Autor
[pt] MAURO SOUZA MARQUES DA COSTA BRAGA

Vocabulário
[pt] ARENDT

Vocabulário
[pt] CRIME CONTRA A HUMANIDADE

Vocabulário
[pt] JACQUES DERRIDA

Vocabulário
[pt] PERDAO

Vocabulário
[en] ARENDT

Vocabulário
[en] CRIME AGAINST HUMANITY

Vocabulário
[en] JACQUES DERRIDA

Vocabulário
[en] PARDON

Resumo
[pt] A presente tese tem por objetivo ampliar a compreensão das noções de perdão nas obras da filósofa alemã Hannah Arendt e do filósofo franco-argelino Jacques Derrida, relacionando-as. A partir dessa análise, buscar-se-á pensar a possibilidade e impossibilidade de perdão no caso dos crimes contra a humanidade. Sabe-se que a história do século XX é repleta de guerras, genocídios e crimes contra a humanidade - noção que expressa no âmbito do direito internacional o ápice de uma sistematização da violência cometida contra uma população ou um conjunto delas. Seria possível perdoar Chefes de Estado e pessoas que cometeram tais crimes? Como analisar o caso do Holocausto e do Apartheid através da perdoabilidade, por exemplo? Este trabalho inicia sua investigação, portanto, com o problema do perdão. No cânone arendtiano, podemos conceber uma trilogia do trabalho sobre o perdão. No início de sua vida intelectual, já na tese de doutorado orientada primeiramente por Martin Heidegger e, após a ruptura, por Karl Jaspers, a questão aparecerá ligada às leituras de Santo Agostinho (O conceito de amor em Santo Agostinho), portanto, entremeadas com o cristianismo e a teologia, ainda que sua perspectiva seja, sobretudo, filosófica. Na sequência de sua obra, o perdão ganha uma forma ético-política, e se conecta às questões da ação e reação no socius, considerando sua irreversibilidade (A Condição Humana). Mais ao fim de seu percurso, depois do caso Eichmann (Eichmann em Jerusalém), Arendt concebe, finalmente, situações cuja magnitude da devastação humanitária impossibilita o perdão. Já Derrida, que parte também dos trabalhos de Arendt, se interessa pelo tema da mundialização e generalização do perdão a partir da Segunda Guerra Mundial. Para o filósofo, a partir desse momento, diversos arrependimentos e pedidos de desculpas começam a aparecer de forma a remediar as situações catastróficas geradas pelos projetos totalitários que o mundo viveu. Derrida se esforça, então, com um seminário nos anos de 1997 e 1998 (Le parjure et le pardon, vol. I), que se renova para o ano de 1999 (vo. II), para distinguir a noção de perdão de outras próximas que geram confusão para se pensar a singularidade do conceito e sua possibilidade política. Mais tarde, ao pensar o Apartheid na África do Sul (Foi et Savoir suivi de le Siécle et le Pardon), Derrida, como Arendt, conceberá casos como este sendo considerados a partir de uma impossibilidade político-institucional de perdão. Fundamentais para os estudos de ética, filosofia política e filosofia do direito, Arendt e Derrida nos ajudarão a pensar os efeitos de crimes devastadores em nossa sociedade, enriquecendo nosso entendimento sobre o perdão e a responsabilidade.

Resumo
[en] This thesis aims to expand the understanding of forgiveness concepts in the works of German philosopher Hannah Arendt and French-Algerian philosopher Jacques Derrida, relating them to each other. Through this analysis, we will explore the possibility and impossibility of forgiveness in cases of crimes against humanity. The 20th century s history is marked by wars, genocides, and crimes against humanity - which represent the peak of systematic violence against populations. Can state leaders and individuals responsible for such crimes be forgiven? How can we analyze cases like the Holocaust and Apartheid through forgivability? This research begins by addressing the problem of forgiveness. Arendt s canon presents a trilogy on forgiveness: initially, in her doctoral thesis (Love and St. Augustine), which was first guided by Martin Heidegger and then by Karl Jaspers; later, in The Human Condition, focusing on ethical-political aspects; and finally, after Eichmann case (Eichmann in Jerusalem), conceiving situations where devastation magnitude renders forgiveness impossible. Derrida, thinking upon Arendt s work, explores forgiveness globalization post-WWII. He distinguishes forgiveness from related concepts at the 1997-1998 seminaries, continuing in 1999 (Le parjure et le pardon). Considering Apartheid in South Africa (Foi et Savoir suivi de le Siécle et le Pardon), Derrida, like Arendt, views such cases as institutional and politically unforgivable. As they are fundamental for ethics, political philosophy, and legal philosophy studies, Arendt and Derrida s works will help us analyze devastating crimes effects on human society, informing our understanding of forgiveness and responsibility.

Orientador(es)
PEDRO DUARTE DE ANDRADE

Banca
PAULO CESAR DUQUE ESTRADA

Banca
PEDRO DUARTE DE ANDRADE

Banca
MARCELO DA SILVA NORBERTO

Banca
ALEXANDRE MARQUES CABRAL

Banca
REMO MANNARINO FILHO

Catalogação
2025-05-22

Apresentação
2025-04-28

Tipo
[pt] TEXTO

Formato
application/pdf

Idioma(s)
PORTUGUÊS

Referência [pt]
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=70527@1

Referência [en]
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=70527@2

Referência DOI
https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.70527


Arquivos do conteúdo
NA ÍNTEGRA PDF