[pt] A MAIOR DOR DO MUNDO: ATO E LUTO NA EXPERIÊNCIA DE EXTREMO

[en] THE GREATEST PAIN IN THE WORLD: GRIEF AND SUFFERING IN AN EXTREME EXPERIENCE

[pt] DOLORES CAROLINA MENEZES DA MOTTA

[pt] LITERATURA

[pt] RITO

[pt] MORTE

[pt] ATO

[pt] PERDA

[pt] LUTO

[en] LITERATURE

[en] RITE

[en] DEATH

[en] ACT

[en] LOSS

[en] MOURNING

[pt] Existem perdas que levam a uma queda do mundo conhecido junto a uma experiência do extremo para o sujeito, em que aquilo que o organizava na vida também se perde. Algumas perdas ocasionam a vivência de um luto impossível, uma perda irreparável junto a uma realidade que se desfaz. Assumiremos que estamos, neste caso, diante de uma perda vivida como privação, a perda real de um objeto simbólico. Entendemos que, às vezes, é necessário algo a mais, uma descontinuidade, uma ruptura para que seja possível a inauguração de novos caminhos para o que se fazer com a dor. Neste trabalho, definimos este algo a mais como ato, seguindo a teorização lacaniana. Ainda que levemos em consideração a diversidade dos trabalhos de luto, pensaremos o luto não apenas como sinônimo de trabalho, mas também como ato, apoiados nesta hipótese de Jean Allouch. Desta forma, este trabalho propõe uma articulação entre as noções de ato e luto impossível, marcados pela ruptura. Nossas hipóteses são desdobradas por meio de vinhetas clínicas e fragmentos literários, que enfatizam a relevância clínica do tema, sem desconsiderar outros caminhos. Como a teoria psicanalítica nos aponta, as soluções no campo do luto são múltiplas e singulares. Aqui, nos concentramos em uma solução que não se configura como encerramento, mas que aponta para um ato de inauguração a partir da descontinuidade, um novo dizer de uma existência.

[en] There are losses that lead to a fall from the known world, together with an extreme experience for the subject, in which that which organized him/her in life is also lost. Some losses cause the experience of an impossible mourning, an irreparable loss, together with a reality that is undone. We will assume that we are, in this case, faced with a loss experienced as deprivation, the real loss of a symbolic object. We understand that, sometimes, something more is necessary, a discontinuity, a rupture, so that it is possible to inaugurate new paths for what to do with the pain. In this work, we define this something more as an act, following Lacanian theorizing. Even though we take into account the diversity of mourning work, we will think of mourning not only as a synonym for work, but also as an act, supported by this hypothesis of Jean Allouch. In this way, this work proposes an articulation between the notions of act and impossible mourning, marked by rupture. Our hypotheses are developed through clinical vignettes and literary fragments, which emphasize the clinical relevance of the topic, without disregarding other paths. As psychoanalytic theory points out, solutions in the field of mourning are multiple and unique. Here, we focus on a solution that is not configured as closure, but that points to an act of inauguration from discontinuity, a new saying of an existence.

MONAH WINOGRAD

MARCUS ANDRE VIEIRA

MARCUS ANDRE VIEIRA

MARTA REZENDE CARDOSO

MONAH WINOGRAD

FABRICIO MARTINS PINTO

2025-04-29

2025-03-28

[pt] TEXTO

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PORTUGUÊS

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https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.70167