[en] POSITION RACISM: THE RACIST CRITERIA FOR OCCUPYING SPACES IN FOOTBALL

[pt] RACISMO POSICIONAL: OS CRITÉRIOS RACISTAS PARA A OCUPAÇÃO DE ESPAÇOS NO FUTEBOL

[pt] JOB ELOISIO VIEIRA GOMES

[pt] FUTEBOL

[pt] JUSTICA

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[pt] RACISMO

[en] FOOTBALL

[en] JUSTICE

[en] RIGHTS

[en] RACISM

[pt] Uma das pretensões deste estudo é suscitar uma maior reflexão a respeito do que são exatamente as causas e os efeitos do racismo no futebol, que nos levam necessariamente aos conceitos mais atuais a respeito do assunto. O racismo sistêmico, ou estrutural, a rigor, sugerem que as estruturas sociais estariam prontas para reproduzir, sistematicamente, as concepções racistas que funcionam na nossa sociedade. O racismo institucional, espécie de apêndice do racismo estrutural existe naquelas situações em que se constata uma escassa presença de pessoas da raça negra em posições de comando, seja no setor publico ou privado, e isto, mais que uma questão relacionada ao mérito, expõe uma ponta do racismo que não tem muito como dissimular, disfarçar, escamotear, porque simplesmente está ali e existe a olhos nus. O racismo posicional, suposto neorracismo, por sua vez, conforme defendido neste trabalho, suscita o debate e representa uma maneira de enxergar e dar nome a uma espécie de discriminação que ocorre particularmente nos esportes e que, embora seja uma antiga realidade, não se encontra muita doutrina nacional a respeito. Trata-se, portanto, de uma descrição de uma perspectiva do racismo que procura demonstrar como certos grupos raciais estão sujeitos a uma sub-representação em determinadas posições de prestígio social e, ao mesmo tempo, super-representados em outras posições consideradas de baixo prestígio. A hipótese que colocamos de que a concepção racista oriunda do campo de jogo pode encontrar reflexos na composição dos espaços de comando do jogo, apesar deste debate ser mais comum na doutrina, exige uma análise mais profunda para entender as verdadeiras razões pelas quais as pessoas negras, em geral, a partir desta concepção, não figuram na parte da governança esportiva mundo afora, supondo que se trate de uma consequência concreta do racismo que permeia, das mais surpreendentes formas, o futebol e alguns outros esportes.

[en] One of the aims of this study is to encourage greater reflection on what exactly are the causes and effects of racism in football, which necessarily leads us to the most current concepts on the subject. Systemic or structural racism suggests that social structures are ready to systematically reproduce the racist concepts that operate in our society. Institutional racism, a kind of appendage of structural racism, exists in situations where there is a noticeable lack of black people in positions of leadership, whether in the public or private sector. This, more than a matter of merit, exposes a facet of racism that cannot be easily concealed, disguised, or masked because it is simply present and visible to the naked eye. Positional racism, a presumed form of neo-racism, as argued in this work, sparks debate and represents a way of identifying and naming a type of discrimination that occurs particularly in sports. Although it is an old reality, there is little national doctrine on the subject. It is, therefore, a description from a perspective of racism that seeks to demonstrate how certain racial groups are underrepresented in certain positions of social prestige and, at the same time, overrepresented in other positions considered of low prestige. The hypothesis we present, that racist conceptions from the playing field may reflect in the composition of leadership roles within the game, although more commonly discussed in doctrine, requires deeper analysis to understand the true reasons why black people, in general, are not found in the governance of sports around the world. This suggests that it is a concrete consequence of the racism that permeates, in the most surprising ways, football and some other sports.

ILIE ANTONIO PELE

MANOEL MESSIAS PEIXINHO

BETHANIA DE ALBUQUERQUE ASSY

ILIE ANTONIO PELE

ANDREU WILSON PEREIRA LEANDRO

RICARDO GEORGES AFFONSO MIGUEL

2025-02-20

2024-09-09

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https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.69450