[pt] DIAGNÓSTICO DE AUTISMO NA IDADE ADULTA: O ANTES E O DEPOIS

[en] RECEIVING AN AUTISM DIAGNOSIS IN ADULTHOOD: BEFORE AND AFTER

[pt] CARLA GRUBER GIKOVATE

[pt] AUTISMO

[pt] DIAGNOSTICO TARDIO

[pt] IDENTIDADE

[pt] SENTIMENTO

[en] AUTISM

[en] LATE DIAGNOSTICS

[en] IDENTITY

[en] FEELING

[pt] Esta tese teve como objetivo conhecer a experiência de vida e os sentimentos de pessoas adultas que tiveram conhecimento do seu diagnóstico de autismo após 18 anos de idade. Foi realizada uma pesquisa qualitativa na qual 12 autistas foram entrevistados. Os resultados foram analisados de acordo com o método de análise de conteúdo, na sua vertente categorial. A partir da análise do material, emergiram cinco categorias relacionadas aos relatos de vida: dificuldade social como o ponto central; questões sensoriais; dificuldade de linguagem e a ingenuidade; rigidez/comportamento repetitivos; facilidades/vantagens que o autismo trouxe e sete categorias relacionadas aos sentimentos e mudanças após receber o diagnóstico: alexitimia; alívio; revisitação do passado; autocompaixão; direitos adquiridos; identidade pessoal; identidade social. Os dados desta investigação formam organizados e detalhados em quatro artigos. O primeiro deles, Autismo em adultos: relatos de vida após um diagnóstico tardio, explorou relatos de vida, presentes e passados, deste grupo de pessoas, e observou-se que são frequentes as experiências dolorosas relacionadas às dificuldades sociais, sensoriais e de linguagem. O segundo, Autismo em adultos: sentimentos e mudanças após o diagnóstico tardio, investigou os sentimentos e o que mudou na vida dos entrevistados após o diagnóstico, verificando-se o alívio como algo muito frequente, seguido por um entendimento do passado e um aumento do respeito pelas próprias peculiaridades e escolhas. O terceiro artigo, Afinal, sou autista ou tenho autismo?: a identidade em foco, buscou entender como estes adultos veem o seu autismo, o impacto do diagnóstico na construção da sua identidade pessoal e social. Os resultados sugeriram que é comum a percepção do autismo como algo inseparável da identidade da pessoa, apesar de muitas vezes existir dúvida sobre comunicar socialmente o diagnóstico. Por fim, o quarto e último artigo, Neurodiversidade: um novo diagnóstico?, apresentou uma revisão e reflexão sobre o que é a neurodiversidade, se este termo pode ser usado como um diagnóstico médico e como este movimento se relaciona com os diferentes modelos de deficiência.

[en] The aim of this thesis was to understand the life experience and feelings of adults who became aware of their autism diagnosis after 18 years of age. A qualitative research was conducted in which 12 autistic people were interviewed. The results were analyzed according to the content analysis method, using a categorical approach. From the analysis of the material, five categories related to life experience emerged (social difficulties as the main point; sensory issues; language difficulties and naivety; rigidity/repetitive behavior; facilities/advantages that autism brought) and seven categories related to feelings and changes after receiving the diagnosis (alexithymia; relief; revisiting the past; self-compassion; acquired rights, personal identity; social identity). The data from this investigation is organized and detailed in four articles. The first of them, Autism in adults: life experiences after a late diagnosis, explored life narratives, present and past, of this group of people, and it was observed that painful experiences related to social, sensory and language difficulties are common. The second, Autism in adults: feelings and changes after late diagnosis, investigated the feelings and what changed in the lives of those interviewed after the diagnosis, obtaining as a result that relief is a very common sentiment, followed by an understanding of the past and an increase in self-respect. The third article, After all, am I autistic or do I have autism?: identity in focus, sought to understand how this group of adults see their autism, the impact of the diagnosis on the construction of their personal and social identity. The results suggested that it is common to perceive autism as something inseparable from the person s identity, although there is often doubt about communicating the diagnosis socially. Finally, the fourth and final article, Neurodiversity: a new diagnosis?, presented a review and reflection on what neurodiversity is, whether it can be used as a medical diagnosis and how this movement relates to different models of disability.

TEREZINHA FERES CARNEIRO

REBECA NONATO MACHADO

TEREZINHA FERES CARNEIRO

ANDREA SEIXAS MAGALHAES

RENATA MOUSINHO PEREIRA DA SILVA

HELOISA VISCAINO FERNANDES SOUZA PEREIRA

2025-01-07

2024-10-10

[pt] TEXTO

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https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.69007