[en] HUNGARIAN REFUGE: MIGRATION POLICIES AND THE CONSTRUCTION OF THE IMAGE OF SYRIAN AND UKRAINIAN REFUGEES IN THE ORBÁN GOVERNMENT

[pt] REFÚGIO HÚNGARO: AS POLÍTICAS MIGRATÓRIAS E A CONSTRUÇÃO DA IMAGEM DOS REFUGIADOS SÍRIOS E UCRANIANOS NO GOVERNO ORBÁN

[pt] JULIA DE FARIAS PIMENTA

[pt] UCRANIA

[pt] VIKTOR ORBAN

[pt] HUNGRIA

[pt] SIRIA

[pt] DISCURSO POLITICO

[pt] REFUGIADO

[en] UKRAINE

[en] VIKTOR ORBAN

[en] HUNGARY

[en] POLITICAL DISCOURSE

[en] REFUGEE

[pt] Em 2015, a União Europeia se deparou com um aumento significativo de travessias das suas fronteiras com países vizinhos. Esses trajetos foram feitos, em sua maioria, por pessoas fugindo da intensificação da Guerra Civil da Síria, se deslocando com a intenção de solicitar refúgio aos países membros da União Europeia, em busca de melhores condições de vida e segurança. Este grande fluxo migratório tornou evidente a disparidade na recepção dos migrantes forçados na Europa, quando alguns governos locais se recusaram a acolher refugiados, exercendo um posicionamento pouco acolhedor. A Hungria, liderada pelo primeiro-ministro conservador Viktor Orbán desde 2010, destacou-se nesse período devido ao seu posicionamento anti-imigração e políticas migratórias severamente restritivas. Em contrapartida, quando a Rússia realizou uma invasão no território do Estado ucraniano, iniciando uma guerra no continente europeu, o governo húngaro decretou que receberia e protegeria todos os refugiados ucranianos. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo realizar uma análise comparativa da recepção dos refugiados pela Hungria nos dois momentos, interrogando como a representação de refugiadas como pessoas semelhantes ou ameaças em discursos políticos pode se tornar uma justificativa para a implementação de políticas migratórias mais ou menos restritivas

[en] In 2015, the European Union faced a significant increase in border crossings with neighboring countries. These journeys were made, for the most part, by people fleeing the intensification of the Syrian Civil War, moving with the intention of seeking refuge in European Union member countries, in search of better living conditions and security. This large migratory flow made evident the disparity in the reception of forced migrants in Europe, when some local governments refused to welcome refugees, exercising an unwelcoming stance. Hungary, led by conservative Prime Minister Viktor Orbán since 2010, stood out during this period due to its anti-migration stance and severely restrictive migration policies. On the other hand, when Russia carried out an invasion of the territory of the Ukrainian state, starting a war on the European continent, the Hungarian government decreed that it would receive and protect all Ukrainian refugees. In this sense, this work aims to carry out a comparative analysis of the reception of refugees by Hungary in both moments, interrogating how the representation of refugees as similar people or threats in political discourses can become a justification for the implementation of migration policies more or less restrictive.

VICTORIA MONTEIRO DA SILVA SANTOS

2025-01-02

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