[pt] O DISCURSO DO ALUNO DE PSICOLOGIA CARACTERISTICASE USOS - O CASO DA TROCA DE TURNOS

[en] THE DISCOURSE OF THE STUDENT OF PSYCHOLOGY CHARACTERISTICS AND USES - THE CASE OF THE CHANGE OF

[pt] MARIGIA ANA DE MOURA VIANA

[pt] ANALISE DO DISCURSO

[pt] PSICOLOGIA

[pt] LINGUISTICA

[en] DISCOURSE ANALYSIS

[en] PSYCHOLOGY

[en] LINGUISTICS

[pt] Este trabalho faz parte do NELC (Núcleo de Estudos da Linguagem e Cognição), da UNICAP, e visa a analisar o discurso do aluno estagiário de Psicologia, em particular como ocorrem as mudanças de turno, à medida que o aluno passa da situação de dominado, dentro do contexto de sala de aula, para uma situação de dominante, quando ele atende na clínica da própria universidade. Em ambas as situações, ocorre uma relação assimétrica (um participante tem mais poder do que o outro). Os turnos são vistos como o uso ou não da palavra por um dos falantes,além de ser condição básica para que haja uma conversação. Foram analisados três aspectos da mudança de turnos: as concessões - o falante concede a palavra ao seu interlocutor; as sobreposições - mais de uma pessoa fala ao mesmo tempo - e os arrebatamentos - há uma tomada brusca do turno. O objetivo deste trabalho, portanto, é investigar, a partir das mudanças de turno, em que momento o discurso apresenta características dominantes e em que ocasiões essas mudanças ocorrem, uma vez que aquele que exerce o poder determina quem pode ou deve falar, o que e em que momento. Para isso, foram utilizados dados coletados nas gravações em sala de aula e na clínica-escola,num total de nove turmas do curso de Psicologia (do 3º ao 11º período). Para a análise dos turnos, foi utilizado o modelo de transcrição de dados proposto por Marcuschi (1988). A análise dos períodos que vão do 3º ao 10º, referente à sala de aula, indicou que, durante todo o tempo em que o aluno se encontra na posição de dominado, tanto o controle dos turnos quanto o tipo de tópico abordado, assim como o maior tempo do total da aula, ficam em poder do professor, além de quase não haver interação entre os alunos nos assuntos discutidos em sala. A partir do momento em que o aluno se encontra no ambiente da clínica-escola (11ºperíodo), a relação de poder muda, passando ele a ter o controle na interação, e, apesar de falar pouco, é o estagiário quem inicia e termina cada atendimento, caracterizando, assim, o poder.

[en] This paper originates in NELC (Nucleus for Language and Cognition Studies), at UNICAP, and aims to analyze the discourse of the trainee Psychology student, in particular when changes of study venue occur, to the extent that the student goes from being in a dominated situation, within the context of the classroom, to a situation of exercising domination,when rendering services in the university clinic. In both situations, an assymetrical relationship occurs (one participant has more power than the other). The study venues are seen as the use or not of the word by one of the speakers, besides this being the basic condition for there to be a conversation. Three aspects of the change of study venue were analyzed: the concessions - the speaker concedes the word to the interlocutor; the superpositions - more than one person speaks at the same time - and the flashes of temper - there is a brusque taking over of the study venue. The objective of this paper, therefore, is to investigate, based on the changes of study venue, at what moment the discourse shows dominating characteristics and on what occasions these changes take place, since the person who exercises power determines who can or should say, what and at what moment. Data were collected for this on recordings made in the classroom and in the school-clinic, in a total of nine Psychology course groups (from the 3rd to 11th period). The data transcription model used for the analysis of the study venues was that set out by Marcuschi (1988). The analysis of the study periods running from the 3rd to 10th, referring to the classroom, indicated that, during the whole time that the student is in the dominated position, whether under the control of the venues or the type of topic dealt with, as well as for the greater part of the time in the classroom, they remain in the power of the teacher. In addition, there is almost no interaction between the students on the subjects discussed in class. From the moment that students are in the environment of the schoolclinic (11th period), the power relationship changes, as they start to control the interaction, and, despite not speaking much, it is the trainee who begins and ends each consultation, thus characterizing power.

2004-08-27

[pt] TEXTO

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