[pt] AS PRÁTICAS DE NORMALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA OPERACIONALIZADAS PELA VOLKSWAGEN DO BRASIL NA DITADURA MILITAR BRASILEIRA (1964-1985)

[en] THE NORMALIZATION PRACTICES OF VIOLENCE OPERATED BY VOLKSWAGEN DO BRASIL IN THE BRAZILIAN MILITARY DICTATORSHIP (1964-1985)

[pt] MARCELO ALMEIDA DE CARVALHO SILVA

[pt] VIOLENCIA

[pt] PESQUISA HISTORICA EM ESTUDOS ORGANIZACIONAIS

[pt] VOLKSWAGEN DO BRASIL

[pt] NORMALIZACAO DA VIOLENCIA

[pt] DITADURA MILITAR

[en] VIOLENCE

[en] HISTORICAL RESEARCH IN ORGANIZATIONAL STUDIES

[en] VOLKSWAGEN OF BRAZIL

[en] NORMALIZATION OF VIOLENCE

[en] MILITARY DICTATORSHIP

[pt] A ditadura militar brasileira causou profundas transformações nas estruturas políticas, econômicas, sindicais e sociais do país. Apesar disto, o tema é pouco tratado pelos estudiosos das organizações, mesmo com indícios da participação empresarial na conspiração que culminou com o golpe de 1964 ou colaboração com órgãos de repressão do Estado. Com o intuito de alterar este quadro, esta pesquisa se propôs a estudar quais eram, como se configuravam e como eram operacionalizadas as práticas de violência cometidas pela Volkswagen do Brasil contra os seus trabalhadores durante a ditadura militar brasileira. A tese subjacente a este objetivo é que a empresa empregou práticas de normalização da violência para que esta pudesse ser praticada indiscriminadamente com o objetivo de aumento de ganhos. Para atingir este propósito este estudo desenvolveu, com base na literatura, um quadro analítico categorizando as práticas de normalização da violência que serviu de base para a leitura dos documentos coletados. Ao todo foram identificadas vinte e duas práticas na literatura que foram agrupadas em seis dimensões. Apoiada na perspectiva histórica, esta pesquisa valeu-se de documentos da época como corpus de pesquisa. Como resultados da pesquisa foi possível identificar que a Volkswagen do Brasil praticava violência física, psicológica, simbólica, econômica e política contra os seus trabalhadores e adotou doze práticas com potencial para normalizar as violências cometidas.

[en] The Brazilian military dictatorship has caused deep changes in the country s political, economic, trade union and social structures. In spite of this, the subject is little touched by the organizations researchers, even with indications of the business participation in the conspiracy that culminated with the coup of 1964 or their collaboration with organs of repression of the State. In order to change this situation, this research aimed to investigate what were and how the violence practices committed by Volkswagen do Brasil against its workers during the Brazilian military dictatorship were configured. The thesis underlying this objective is that this company used violence normalization practices so that it could be practiced indiscriminately for the purpose of increasing earnings. To achieve this goal, this study developed, based on the literature, an analytical framework, categorizing the violence normalization practices that served as a basis for reading the documents collected. Were identified twenty-two practices in the literature, that were grouped into six dimensions. Based on historical perspective, this research was based on documents at time as a corpus of research. As a result of the research it was possible to identify that Volkswagen do Brasil practiced physical, psychological, symbolic, economic and political violence against its workers and adopted twelve practices with the potential to normalize the violence committed.

ALESSANDRA DE SA MELLO DA COSTA

ANA HELOISA DA COSTA LEMOS

ALESSANDRA DE SA MELLO DA COSTA

LUIZ ALEX SILVA SARAIVA

LARISSA ROSA CORREA

RAFAEL ALCADIPANI DA SILVEIRA

SERGIO EDUARDO DE PINHO VELHO WANDERLEY

2021-05-10

2018-03-12

[pt] TEXTO

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PORTUGUÊS

https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52605@1

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https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.52605