Título
[pt] ADOLESCÊNCIA E GRAVIDEZ O PROCESSO DE SUBJETIVAÇÃO DE ADOLESCENTES GRÁVIDAS NA CONTEMPORANEIDADE
Autor
[pt] MARIA CRISTINA LOPES DE ALMEIDA AMAZONAS
Vocabulário
[pt] ADOLESCENCIA
Vocabulário
[pt] GRAVIDEZ
Resumo
[pt] Este trabalho tem por base a investigação que deu origem a nossa tese de doutoramento. Nosso
objetivo era compreender o processo de subjetivação das adolescentes brasileiras na sociedade atual
e o lugar que a gravidez ocupa nesse processo. Para alcançar esse objetivo, fundamentamo-nos nos
princípios teóricos da Neopragmática Lingüística, que tem o psicanalista Jurandir Freire Costa como
um de seus intérpretes. É a noção de sujeito defendida por esse autor, a partir dos trabalhos de Rorty,
a que adotamos neste trabalho. Nesse sentido, o sujeito é uma "rede de crenças e desejos que
precisam ser postuladas como causas internas do comportamento lingüístico de um organismo
ingular" (Rorty, 1997, p. 169). O caminho que adotamos para a coleta, tratamento e análise dos
dados foi o da investigação qualitativa, com ênfase na História de Vida. Utilizamos, para a coleta dos
dados, a entrevista em profundidade, com roteiro. Das entrevistas obtidas, selecionamos 12, que
passaram a compor a amostra, agrupadas em três subconjuntos de sujeitos denominados A, B e C.
Transformamos as narrativas em Histórias de Vida e analisamos seus conteúdos, obedecendo às
seguintes etapas: análise da narrativa de cada sujeito, análise no interior de cada conjunto (A, B e C)
e análise do conjunto geral de sujeitos. Cada uma das etapas tinha sempre como orientação principal
a análise dos seguintes aspectos: constituição familiar, configuração de paternidade e maternidade,
configuração de si mesma e lugar da gravidez. Os resultados encontrados revelam um sujeito
que se subjetiva, entrelaçando crenças e desejos configurados pela tradição e pelo ideário
neoliberal contemporâneo, respeitando as especificidades do contexto socio-histórico e cultural
ao qual pertence. Nessa trama, percebemos o predomínio dos princípios e valores da família
tradicional. A gravidez ocupa um lugar de ressignificação do modelo materno, constituindose
como o modo de confirmar valores da tradição e de desvelar a mulher adolescente sexualizada que
o silêncio repressor expulsou como discurso explícito.
Catalogação
2002-04-17
Tipo
[pt] TEXTO
Formato
application/pdf
Idioma(s)
PORTUGUÊS
Referência [pt]
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=2535@1
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