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Título
[pt] ÉTICA: EM BUSCA DE UM MUNDO PERDIDO

Autor
[pt] ANA LUCIA BASBAUM SIERRA

Vocabulário
[pt] SOCIEDADE

Vocabulário
[pt] CETICISMO

Vocabulário
[pt] MORAL

Vocabulário
[pt] ETICA

Resumo
[pt] Este trabalho tentou contrapor o pensamento cético de Sexto Empírico e a tentativa de Habermas em estabelecer um diálogo argumentativo para um entendimento ético universal , através do discurso racional das sociedades, passando pelos principais aspectos da ética aristotélica e a moral Kantiana, dois filósofos fundamentais e fontes para qualquer estudo sobre ética. O caminho que percorri buscou primeiramente esclarecer a atitude cética como uma atitude não pessimista ou negativa, como muitos pensam ser. Os céticos qualificam a si mesmos de zetéticos, isto é, de pesquisadores: de eféticos, que praticam a suspensão do juízo mas sem nunca deixar de buscar a resposta. Depois procurei mostrar que esta busca incessante do homem cético, sem qualquer intenção de encontrar respostas para nada, acaba sendo uma atitude polêmica diante deste mundo de laços tão frouxos moralmente como o nosso. A tradição filosófica tratou do tema da moral e da ética através de grandes autores, inúmeros filósofos, porém Habermas dialoga diretamente com Kant tomando o conceito da razão prática kantiana como capacidade de pensar, raciocinar, enquanto está voltada para o agir e, mostrando como Kant, a forma como os juízos morais podem ser fundamentados. Habermas, segundo a professora Iara Guazzelli (site w.w.w.sedes.org.br/centros/habermas.htm) , no que se refere à reflexão ética e moral, parte da distinção entre três possíveis usos da razão prática: o uso pragmático, o uso ético e o uso moral. Para Habermas o uso pragmático da razão pelo sistema é responsável pelas injustiças sociais, pela invasão da lógica racionalista que pretende submeter todos os aspectos de nossa vida pessoal e social ao princípio da eficácia, sem interrogar sobre os fins(utilitarismo). O uso ético da Razão prática, segundo Iara, baseia-se em outro princípio: a busca do que é bom tanto para o indivíduo como para a coletividade, fazendo apelo a valores, embora não os questionando. A teoria ética que corresponde ao segundo uso da razão prática aparece com clareza na Ética de Aristóteles, onde o comportamento prático do cidadão deve orientar-se pelo ideal da vida boa. Aqui entra o porque da abordagem que fiz no trabalho, da Ética de Aristóteles, onde procurei esclarecer, de forma rápida, o sentido do conceito de sumo bem, e da felicidade para Aristóteles. Já o uso moral da Razão Prática , como contraposição aos dois primeiros usos, é para Habermas o princípio norteador do agir. A moral surge de uma situação de conflito relacionada com a ação. Quando um indivíduo em interação com outro se questiona sobre o que é justo, ele faz uso da razão prática , segundo o princípio moral. (Iara Guazzeli). Por fim, depois de pincelar o pensamento de Aristóteles e entrar no universo kantiano da moral, procurei mostrar o caminho habermasiano da Ética do Discurso, como tentativa de encontrar neste discurso e na melhor argumentação, um caminho possível e razoável para se estabelecer um equilíbrio ético e um entendimento básico para assuntos tão caros e prementes para os homens e as sociedades.

Orientador(es)
MARCELLO RAPOSO CIOTOLA

Catalogação
2007-07-17

Tipo
[pt] TEXTO

Formato
application/pdf

Idioma(s)
PORTUGUÊS

Referência [pt]
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10138@1

Referência DOI
https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.10138


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