O revestimento de uma fachada é em si um sistema de complexa resolução. Envolve uma série de variáveis como concepção de projeto, especificação de materiais, execução e manutenção. E, mesmo com todos os aspectos bem atendidos, não se pode determinar a vida útil do sistema, pois o meio tem forte interferência na sua durabilidade. O uso de rochas ornamentais como elemento de revestimento é outro item que necessita de atenção, uma vez que as rochas tem composição não controlável, são anisotrópicas em relação a resistência, são normalmente instáveis frente as intempories e, quando em placas, suas espessuras têm sido reduzidas, fragilizando-as e diminuindo a proteção ao corpo da edificação. O presente trabalho trata de um estudo de caso onde foram usadas placas de rocha (200x400xl0 mm) do granito cinza andorinha , fixadas por ancoragem química com auxílio de grampos, em uma região com alta umidade, grande insolação, sujeita a nevoa marinha e a poluição, Região Metropolitana de Recife. Através do método proposto por Lichtenstein (1986) foi feita a vistoria da fachada, na qual foram encontradas diversas patologias como desplacamento, infiltração e oxidação de grampos, e as placas de granito apresentavam alteração química, física e biológica, como mudança de tonalidade, cristalização de sais, eflorescencia, oxidação de minerais, desagregação, fissuração e ataque por microorganismos. Como resultado, foram tecidas as seguintes consideraçães sobre a fachada: método construtivo, enfatizando a importância do projeto (especialmente do detalhe construtivo); especificação de materiais compatíveis as situações as quais são submetidos; execução e manutenção. Também a alteração do granito foi analisada. Aspectos como mudança de composição (oxidação da biotita) e da microestrutura (cristalização de sais) foram estudados com o intuito de contribuir para um uso mais racional deste material de construção específico.