A qualidade de um cigarro pode ser avaliada por parâmetros físicoquímicos. A caracterização de muitos destes parâmetros é essencial para a definição dos índices utilizados por um fabricante de cigarros para acompanhamento do produto no mercado. A firmeza do cigarro é um dos parâmetros utilizados para definição desses índices, e avalia seu grau de rigidez, podendo ser definido, de uma maneira geral, como a relação entre o diâmetro final do cigarro, após a realização de um ensaio de compressão, e o diâmetro inicial. A Firmeza é função de três variáveis: deformação vertical do cigarro, produzida pela aplicação de uma força padronizada, valor especificado de umidade no fumo e circunferência média do cigarro. Com o objetivo de possibilitar a comparação entre os diversos produtos, a firmeza medida é corrigida para um valor de referência de umidade, previamente especificado, pela utilização de um modelo exponencial. Apesar deste modelo ter sido devidamente validado para os produtos Souza Cruz, e ter sido considerado aceitável para determinação da firmeza corrigida, não foram avaliadas as incertezas associadas à sua utilização. Neste trabalho, foram utilizados nos ensaios onze (11) tipos de cigarros e medida a firmeza conforme os procedimentos adotados pela empresa, previamente qualificados. O método dos mínimos quadrados foi utilizado para o desenvolvimento de modelos, juntamente com a estimativa das incertezas. Neste estudo foram avaliados também outros modelos, no sentido de se obter aquele que gerasse resultados com menores incertezas, bem como a avaliação dos parâmetros que contribuem para o aumento da incerteza de medição da firmeza corrigida. Foi concluído que as características do produto contribuem para a elevada incerteza associada, o que resulta em repetitividade não muito boa. Com base nestes resultados, sugere-se o estabelecimento de critérios de aceitação do produto, compatíveis com as incertezas associadas à medição, comparando-se com os valores de Firmeza normalmente aceitos e testados pelo mercado.