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Título: EMOÇÕES E ESTIGMAS EM NARRATIVAS DE INCLUSÃO
Autor: MARA REGINA DE ALMEIDA GRIFFO
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - PUC-RIO
Colaborador(es):  ADRIANA NOGUEIRA ACCIOLY NOBREGA - ORIENTADOR
RENATO PONTES COSTA - COORIENTADOR

Nº do Conteudo: 68581
Catalogação:  07/11/2024 Liberação: 07/11/2024 Idioma(s):  PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo:  TEXTO Subtipo:  TESE
Natureza:  PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota:  Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68581&idi=1
Referência [en]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68581&idi=2
Referência DOI:  https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.68581

Resumo:
Motivada por encontrar-me inserida em um ambiente escolar inclusivo, objetivo investigar a construção avaliativa das emoções e dos estigmas nas práticas discursivas sobre a inclusão de pessoas com deficiência em contextos educacionais. Para isso, conto com a parceria de quatro colaboradoras, professoras atuantes na educação básica, que disponibilizaram seu tempo para conversar sobre inclusão (Mantoan, 2015), trazendo seus olhares pessoais e profissionais para esta tese. As interações, gravadas e transcritas, com os devidos cuidados éticos, possibilitaram que Carol, Lívia, Rebeca e Carla compartilhassem seus entendimentos acerca da temática central deste estudo. Para o desenvolvimento da investigação, os seguintes objetivos específicos foram propostos: (i) refletir acerca de como as participantes constroem e avaliam os processos de inclusão em seus relatos; (ii) investigar se há a presença de estigmas e de que forma se relacionam ou não a determinadas emoções; (iii) analisar discursivamente as marcas avaliativas atitudinais a fim de mapear as escolhas léxico-gramaticais que criam significados sobre os posicionamentos das participantes e (iv) observar como as narrativas podem estar alinhadas a discursos macrossociais sobre a inclusão de pessoas com deficiência. Alinhada ao paradigma qualitativo (Denzin; Lincoln, 2006), a arquitetura teórico-metodológica fundamenta-se na Linguística Aplicada Crítica (Moita Lopes et al., 2006), nos princípios éticos e crítico-reflexivos da Prática Exploratória (Miller et al., 2008), nos estudos das emoções (Le Breton, 2019) e estigmas (Goffman, 2004) e nos estudos de narrativas (Bastos, 2005). Foi utilizado o Sistema de Avaliatividade (Martin; White, 2005), componente integrante da Linguística Sistêmico-Funcional (Halliday, 1994), para empreender a análise microdiscursiva e categorizar as avaliações implícitas e explícitas construídas nas interações. As conversas exploratórias (Miller, 2001) foram organizadas em três blocos temáticos: (i) inclusão em contextos educacionais; (ii) inclusão como face do amor-cuidado-compromisso e (iii) inclusão dos que estão à margem. A interpretação e a análise das interações com as participantes possibilitaram apreender que ainda há muito trabalho a ser feito no campo da formação continuada de professores/as para o convívio com a diversidade humana na escola e na universidade. Somado a isso, a partir da análise do discurso das colaboradoras, percebi a necessidade de mais atenção para as questões de acessibilidade, principalmente no que diz respeito às atitudes que envolvem princípios éticos e morais. As escolhas léxico-gramaticais e paralinguísticas realizadas pelas participantes durante as conversas foram permeadas por emoções (de frustração, desagrado, insatisfação, contentamento etc.), por relações micropolíticas de poder (quem pode incluir quem no contexto escolar, quem sofre e quem resiste, entre outras) e por uma visão da inclusão que corrobora a educação como ato político (Freire, 2019a). Os relatos das professoras também sugerem a presença de estigmas em situações de sala de aula e fora dela, tais como julgamentos negativos de docentes e discentes relacionados à deficiência. As reflexões geradas na pesquisa contribuíram para ampliar o entendimento das práticas inclusivas, possibilitando o acesso a experiências pessoais e profissionais que integram contextos mais amplos.

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