O escoamento de líquidos em dutos é crucial para a indústria, agricultura, abastecimento de água e saneamento. Em dutos longos, a perda por atrito com a parede é a principal causa da queda de pressão e do aumento do consumo de energia. A adição de polímeros de cadeia longa para reduzir o atrito em escoamentos monofásicos é conhecida desde 1948 pelo trabalho de Tom [1]. A redução do atrito por adição de polímeros em escoamentos bifásicos é, contudo, menos explorada na literatura. Este trabalho visa contribuir para o entendimento dos efeitos da injeção de polímeros redutores de atrito em escoamentos bifásicos gás-líquido. Faz parte de um estudo mais amplo que acopla informações sobre a redução de atrito na fase líquida a uma metodologia para prever a redução de atrito em escoamentos bifásicos gás-líquido. O trabalho realizado teve como foco a avaliação do desempenho de um polímero redutor de atrito usado pela indústria de óleo e gás, o poli-isobuteno. O estudo avaliou o potencial de redução de atrito na fase líquida do polímero e sua degradação por cisalhamento contínuo e turbulência. Os testes foram realizados em uma bancada de testes existente no laboratório. A configuração inovadora dessa bancada consiste em um tubo circular girante, que fornece resultados equivalentes aos de bancadas convencionais, utilizando quantidades menores de produtos e sem a necessidade de bombas para manter o fluido em movimento, minimizando a degradação do polímero. Os resultados de qualificação mostraram o bom desempenho da bancada projetada. Os testes com o polímero com concentrações de 100, 200 e 300 ppm apresentaram reduções de atrito iniciais da ordem de 20%, 65% decaindo e 80%. Estes resultados apontam para a viabilidade do uso do produto em escoamentos bifásicos. No entanto, estudos adicionais de longa duração são recomendados para a avaliação da degradação do produto.