O advento da Internet resultou em grandes transformações no mundo. Nesse novo contexto, a educação à distância evoluiu bastante. A conexão de computadores em rede possibilitou a rápida troca de todo o tipo de informação e deu origem ao e-learning. As empresas logo passaram a investir na oferta de cursos virtuais para seus funcionários. Embora estes funcionários estejam de fato fazendo uso desses treinamentos virtuais no seu dia a dia, é possível perceber que esses cursos não estão tendo o sucesso esperado. Esta dissertação busca ouvir alguns desses funcionários de forma a captar suas opiniões e sentimentos em relação ao e-learning. Para tanto, foram entrevistados 20 profissionais que já realizaram cursos em e-learning. A análise das respostas revela que estas pessoas fazem cursos on-line em busca de flexibilidade de horário, adequação de agenda e agilidade. Entretanto, como principais razões para o insucesso das estratégias de e-learning, os sujeitos apontam as seguintes. (1) As empresas enfatizam a difusão de conhecimento e não estimulam a interação humana. Por conseguinte, as pessoas sentem-se sozinhas nestes cursos. (2) O conteúdo dos cursos é preparado para atender a um grande público e, por isso, não é adequado às necessidades individuais dos sujeitos. (3) Existe uma supervalorização da estética que muitas vezes coloca o conteúdo pedagógico em segundo plano. Assim, os entrevistados vêem os cursos como esteticamente agradáveis, mas carecendo de aprofundamento. Em função destes resultados sugere-se uma revisão nas estratégias de e- learning para que o seu objetivo seja alcançado de forma mais próxima à planejada.