O Brasil está em sintonia com o esforço global para combater o agravamento do aquecimento global devido às emissões de gases de efeito estufa causadas pela atividade humana. Em 2021, quase metade das emissões relacionadas ao uso de energia no Brasil provieram da queima de combustíveis fósseis no setor de transporte, com destaque para o diesel. Nesse contexto, este estudo buscou examinar experimentalmente a substituição parcial do diesel comercial pelo hidrogênio em um motor de combustão interna de ignição por compressão. O objetivo foi avaliar como essa substituição afetaria o desempenho do motor e, consequentemente, as emissões produzidas por um veículo pesado. Para realizar esse estudo, foi realizado um levantamento de pesquisas anteriores que investigaram os efeitos da adição de hidrogênio em motores de ignição por compressão. Com base nesses estudos, foi possível gerar um benchmark e estabelecer as condições de teste. A fim de estimar o potencial de redução das emissões, foram definidos cenários nos quais o hidrogênio substituiria em até 30% da energia usada em veículos com tecnologia bicombustível. Além disso, um estudo teórico que simula a combustão considerando a Energia Livre de Gibbs foi feito como suplemento aos dados experimentais. O aumento do HES e da razão ar/combustível não geraram impacto nas emissões de 𝐻2. Já as emissões de 𝐶𝑂 e 𝐶𝑂2 tenderam a 0 ppm e decresceram 5% quando se aumentou o HES e a razão ar/combustível, respectivamente. Por fim, as emissões de 𝐻2𝑂 e 𝑁𝑂 cresceram 8.33% e diminuíram com o aumento da razão ar/combustível e do HES, respectivamente.