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Coleção Digital
Título: RAÇA CANIBAL: A DEGLUTIÇÃO DA EUGENIA PELO MOVIMENTO ANTROPÓFAGO Autor: TAINA CAVALIERI FARIA
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - PUC-RIO
Colaborador(es):
FREDERICO OLIVEIRA COELHO - ORIENTADOR
Nº do Conteudo: 64884
Catalogação: 14/11/2023 Idioma(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
Natureza: PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota: Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=64884@1
Referência [en]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=64884@2
Referência DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.64884
Resumo:
Título: RAÇA CANIBAL: A DEGLUTIÇÃO DA EUGENIA PELO MOVIMENTO ANTROPÓFAGO Autor: TAINA CAVALIERI FARIA
Nº do Conteudo: 64884
Catalogação: 14/11/2023 Idioma(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
Natureza: PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota: Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=64884@1
Referência [en]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=64884@2
Referência DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.64884
Resumo:
Esta dissertação mapeia relações entre o movimento antropofágico e o
movimento eugenista no contexto entreguerras no Brasil. A eugenia, ciência do
aprimoramento da raça, predominava nos meios científicos mundiais e nacionais,
enquanto a Antropofagia representava, no campo cultural, uma ampliação e
amadurecimento ideológico do modernismo brasileiro. Assim como na geração de
1870, que buscou interpretar o Brasil através da aplicação de preceitos científicos
na crítica literária, na geração de 1920 as questões culturais e raciais retornaram
com mesmo léxico. A intelectualidade letrada e científica do país, impulsionada por
um surto de modernização do Estado (maximizado ao fim da primeira guerra),
ganhou um novo fôlego para reverter a imagem do Brasil como uma nação atrasada,
devido às alegações fatalistas sobre o clima, a miscigenação e a herança colonial.
Simultaneamente, pensava-se em resolver a falta de coesão entre os elementos
étnicos, intensificada após uma larga imigração europeia. Através da análise do
periódico paulista, Revista de Antropofagia, e de seus suplementos literários em
outros estados (pouco considerados pela crítica), é possível perceber que ambos os
grupos, com perspectivas heterogêneas e até divergentes internamente, encontraram
uma confluência ao debater a formação de uma raça brasileira essencialmente
mestiça, forte e original, dotada de uma unidade moral e espiritual. Tal aproximação
entre a Antropofagia e a eugenia colabora para a compreensão dos motivos pelos
quais a valorização da herança negra e ameríndia dentro da brasilidade modernista
(absorvida pelo Estado a partir de 1930), longe de ter rompido com os preconceitos
raciais, culminou na legitimação de um modelo peculiar de neutralização das
alteridades através da devoração.
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