O acompanhamento e o discernimento pastoral na vida matrimonial e familiar na atualidade implicam caminhar, escutar, orientar e ajudar não só nos momentos de crise e em situações de fragilidade, mas sobretudo para se buscar reconhecer e realizar a vontade de Deus no quotidiano da vida, segundo as etapas pessoais de crescimento. O objetivo deste artigo foi aprofundar alguns aspectos de quanto foi refletido na Exortação apostólica pós-sinodal Evangelii gaudium sobre a “arte do acompanhamento” na Exortação apostólica pós-sinodal Amoris laetitia e na Exortação apostólica Gaudete et Exsultate sobre o discernimento. Trata-se de uma abordagem qualitativa, empregando uma revisão narrativa de bibliografia. Papa Francisco discorre sobre o tema do acompanhamento dos processos de crescimento pessoal e familiar e comunitário. O discernimento tem nisso um lugar central, levando em conta o papel privilegiado da consciência das pessoas em relação, no contexto familiar, comunitário ou social. Conclui-se que Francisco traz necessários e fundamentados argumentos em vista do discernimento das diversas situações familiares, doravante presentes na vida e na missão da Igreja. Propõe-se, assim, um estilo cristão de discernimento como um modus operandi eclesial para fins de uma aplicação justa, verdadeira e misericordiosa das normas morais gerais em situações particulares.