Com a práxis da Igreja cada dia mais complexa, Papa Francisco indica desde o início do seu pontificado, um novo modelo evangelizador. Por meio da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, propôs uma Igreja em saída. Com esse termo, Francisco rompe com a visão de que a Igreja deveria estar fechada em si mesma e a coloca na direção daqueles que estão mais afastados do Evangelho. Para isso, convoca os cristãos a irem de encontro das pessoas que estão nas periferias geográficas e existenciais. Conhecido como o Papa pastoralista, com as Encíclicas pastorais Laudato si e Fratelli Tutti, publicadas respectivamente em 2015 e 2020, Papa Francisco indicou o caminho para uma ação evangelizadora para além das fronteiras. Propondo a fraternidade cósmica e a fraternidade social como duas dimensões de uma Igreja missionária, quis indicar um caminho pastoral que integre o ser humano com Deus, consigo mesmo, com outro e com o mundo. Assim, a Teologia começa a identificar que Francisco desperta na Teologia Pastoral o desenvolvimento de uma nova fase: a perspectiva biocêntrica da Pastoral, que compreende a fé cristã a partir da consciência de vida humana e toda obra da criação.